'The Guardian': Volta do 'assassino Bruno' ao futebol é desconcertante
Condenado por homicídio e solto antes de cumprir toda a pena, o goleiro Bruno é chamado de "assassino Bruno" em um artigo publicado pelo jornal britânico "The Guardian". Segundo a publicação, o fato de ele ter saído da cadeia e estar sendo recebido de volta ao futebol brasileiro é desconcertante.
Todo o texto tem um forte tom de incredulidade e de crítica à forma como o Brasil está lidando com o caso.
"Parece desconcertante que enquanto apela da condenação Bruno possa voltar a jogar futebol, sem resistência", diz o texto, cobrando que a Fifa proíba a atuação do "goleiro homicida".
A história de Bruno, diz o jornal, é horrenda. "Em 2013, Bruno foi condenado por encomendar o assassinato de Eliza, uma ex-modelo que ele conheceu em uma festa", explica.
"O impressionante, entretanto, é que a história não acabou. A notícia é que Bruno foi solto", complementa, relatando que o goleiro comemorou a saída da prisão.
"E a história fica ainda mais estranha. O assassino Bruno, que atualmente está condenado por encomendar o assassinato de uma mulher e de alimentar cachorros com o corpo dela, quer jogar futebol de novo", diz, complementando que não houve protestos no país e que ele se prepara para voltar ao esporte.
"Mesmo pelos parâmetros estranhos do futebol, os valores parecem ter perdido todo o senso de medida aqui. Cinco jogos de suspensão por pisar na cabeça de Ibrahimovic é uma coisa. Desmembrar seu corpo e dar para os cachorros comerem? Para mim, Tyrone Mings passou do limite e precisa ser banido por mais tempo", diz, de forma irônica e comparando ao que aconteceu no futebol inglês.
"O Brasil tem seus problemas. Certamente algumas atitudes chocantes persistem. Evite ler os comentários em qualquer reportagem sobre Bruno na imprensa brasileira, a não ser que se interesse por uma misoginia psicopata, estranha e medonha", diz.
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