Brasil e América Latina cansaram de populismo, diz 'Financial Times'
O afastamento da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment faz parte de um movimento regional de rejeição do populismo de esquerda na América Latina, segundo uma reportagem publicada pelo jornal de economia "Financial Times".
Além do Brasil, os últimos meses viram mudanças parecidas na Argentina e no Peru, mostrando que a região cansou do modelo adotado anteriormente, avalia a publicação. Até mesmo a reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos e o fim da guerra colombiana contra as Farc podem ser compreendidas como parte destas mudanças, segundo o "FT".
O jornal explica que dois fatores aceleraram este processo. Por um lado, a Venezuela, que era o modelo mais radical dos governos regionais de esquerda, entrou em colapso, com grave crise política e econômica.
"Um segundo fator levando à mudança da maré é a irritação popular com a prevaricação pública – especialmente sob governos de esquerda que supostamente deveriam defender os direitos dos pobres", diz.
No caso do Brasil, especificamente, o "FT" ressalta que a mudança não é definitiva e está resultando em investigações contra o governo interino. Segundo o jornal, entretanto, a necessidade de uma retomada do rumo econômico do país pode ajudar Michel Temer, mesmo que ele esteja envolvido em escândalos de corrupção.
"Um grupo de políticos corruptos pode ter substituído outro igual, mas pelo menos este grupo está agindo de forma correta", diz o jornal, citando uma fonte na indústria brasileira e deixando claro que a preocupação com a economia é maior do que com a luta contra a corrupção.
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