Revista de diplomacia analisa 'fracassos' da política externa do Brasil
A crise econômica, os desajustes políticos e os escândalos de corrupção estão erodindo a força da política externa brasileira. Depois de se consolidar como um país emergente com perspectiva de se tornar uma potência global, no início do século XXI, o Brasil agora assiste ao encolhimento da sua influência no resto do mundo.
Segundo uma análise publicada na revista internacional de diplomacia "Foreign Affairs", nos últimos anos, a política externa do Brasil "fracassou", e agora o país assiste ao fim das suas ambições regionais.
O artigo faz um relato da ascensão e da queda da diplomacia brasileira nos últimos anos, e explica como os escândalos de corrupção e a crise no Brasil transformaram profundamente o alcance global das ações da política externa brasileira. "Os dias em que o governo e grandes empresas andavam de mãos dadas em uma forte política regional chegaram ao fim", diz.
Além do enfraquecimento causado pelos escândalos de corrupção, a "Foreign Affairs" diz que o maior dano causado à política externa do Brasil está nos cortes de orçamento do Itamaraty. "Para um país que até pouco tempo atrás fazia campanha por um assento permanente no Consoelho de Segurança da ONU, a nova realidade financeira é difícil de engolir."
A "Foreign Affairs" ressalta que a mudança na força global do país não ocorre por acaso, e que faz parte de uma opção da presidente Dilma Rousseff, em contraste com o que pensava Lula. "Em seu governo, a política externa desertou".
"Dilma nunca pensou que o Brasil deveria se envolver diretamente com temas intrincados de segurança internacional, como a ambição nuclear do Irã, a Síria, ou a Ucrânia. Em vez disso, ela pensou que o Brasil se sairia melhor se adotasse uma posição radicalmente avessa a riscos no cenário global", avalia.
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