Ranking – Brasilianismo http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br Daniel Buarque é jornalista e escritor com mestrado sobre a imagem internacional do país pelo Brazil Institute do King's College de Londres. Fri, 31 Jan 2020 12:20:22 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sem resolver caos político, reputação do Brasil vai desabar, diz ‘Monocle’ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/20/sem-resolver-caos-politico-reputacao-do-brasil-vai-desabar-diz-monocle/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/20/sem-resolver-caos-politico-reputacao-do-brasil-vai-desabar-diz-monocle/#respond Tue, 20 Nov 2018 09:57:59 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4991

O Brasil se manteve na última colocação na edição mais recente do ranking global de soft power da revista britânica “Monocle”. O país aparece em 25º lugar da lista, a pior classificação do Soft Power Survey 2017/2018, respeitado ranking internacional em que já foi um dos principais destaques no passado.

A análise da “Monocle” faz referência à eleição de Jair Bolsonaro e à derrota para a Bélgica na Copa do Mundo, e diz que o Brasil parece estar vivendo um longo retrocesso. “A menos que o caos político e a corrupção sejam resolvidos de uma vez por todas, a reputação internacional do Brasil cairá tão rápido quanto sua economia”, diz.

A avaliação sobre soft power internacional ocupa mais de dez páginas da edição mais recente da publicação, e tem dois trechos dedicados a explicar o que acontece com o Brasil.

“Este ano não foi fácil para o Brasil: escândalos políticos continuam, e um presidente de extrema-direita foi eleito, para o desalento de inúmeras pessoas em todo o mundo. Depois de sediar a Copa do Mundo de 2014, a equipe de futebol do Brasil não conseguiu passar das quartas-de-final no evento deste ano –um duro golpe para a nação”.

Ainda assim, diz a “Monocle”, o país mantém seu “poder suave” graças a atributos ligados à diversão e à cultura.

“As praias brilhantes do Brasil e a arquitetura impressionante continuam a ressoar. O país também está se destacando com seus filmes de terror, como ‘As Boas Maneiras’”, diz.

Um dos itens em que o Brasil se destaca, ressalta, é a sensualidade –uma das marcas internacionais mais fortes do Brasil, que muitas vezes é chamado de país “decorativo” por conta desta imagem. Segundo a “Monocle”, sensualidade também é soft power.

“Sexo vende – nós sabemos disso. É um assunto delicado no momento, mas a publicidade sexy, as roupas sexy e os carros sensuais há muito se mostraram irresistíveis para as pessoas. Igualmente sedutor – certamente – são países sensuais”, diz. “Possuir uma qualidade de sensualidade – em qualquer forma que possa ter – é um grande atrativo.” Neste quesito, diz a publicação, o Brasil costuma aparecer como o número um do mundo.

“No Brasil, eles são orgulhosos do corpo e hábeis no bronzeamento (além disso, podem sambar como se não fosse da conta de ninguém)” comenta.

A revista “Monocle” é uma das principais publicações mundiais a dar atenção a questões de reputação e imagem internacionais. Esta é a nona edição da pesquisa anual das nações cujas táticas de soft power estão obtendo resultados.

“Embora às vezes possa ser difícil dizer ao ouvir os discursos de certos líderes estaduais, o soft power é uma ferramenta cada vez mais popular – para não mencionar eficaz – para muitos países ao redor do mundo. Quando se trata de fazer amigos e influenciar outros, as nações inteligentes sabem que eles precisam mostrar seu lado mais suave”, diz a publicação.

“Em vez de ostentar o poderio militar ou a retórica nacionalista, os países que se saíram bem em nossa nona pesquisa anual Soft Power Survey têm líderes que reservam tempo para seus colegas em outros países. Eles têm atletas que ganham muito quando o mundo está assistindo e uma produção cultural que atrai fãs de todo o mundo. Estas são as nações que atraem turistas e estudantes estrangeiros, fazendo sérios investimentos em sua rede diplomática no exterior.”

Depois de subir no ranking do ano anterior, levada em parte pelo governo de Macron, a França ganhou ainda mais força com a conquista da Copa do Mundo, e agora é o país com mais soft power do mundo, segundo a revista. Alemanha e Japão aparecem em segundo e terceiro lugares.

A decadência do Brasil no ranking vem se construindo ao longo dos últimos anos. Na edição do ano anterior, a publicação já destacava a queda do país no ranking de soft power, e apontava para a crise política e para o aumento da violência como principais problemas.

“O Brasil já foi uma estrela do soft power, mas ficou em último na lista deste ano. O país não aproveitou o potencial do turismo de sediar a Olimpíada. E em meio ao caos político, a criminalidade aumentou. Assim é difícil promover a marca de um país construída sobre felicidade e hedonismo”, dizia o trecho sobre o país.

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Melhor destino para aventura, Brasil perde uma posição em ranking de imagem http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/02/23/melhor-destino-para-aventura-brasil-perde-uma-posicao-em-ranking-de-imagem/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/02/23/melhor-destino-para-aventura-brasil-perde-uma-posicao-em-ranking-de-imagem/#respond Fri, 23 Feb 2018 08:47:06 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4295

Depois de terminar 2017 colecionando rebaixamentos na avaliação da sua imagem internacional, o Brasil começou 2018 perdendo mais posições nos índices que avaliam a reputação do país no mundo.

Logo no começo do ano, o Brasil havia caído ao último lugar no ranking de soft power da revista “Monocle”. Mais recentemente, de acordo com outro estudo, perdeu uma posição e é considerado o 29º “melhor país do mundo”, segundo a avaliação mais recente do ranking internacional Best Countries.

O índice é um dos mais novos levantamentos sobre a percepção internacional de diferentes países do mundo. O estudo considera a reputação de 80 nações em diferentes aspectos políticos, econômicos e sociais.

Na versão divulgada em 2017, o Brasil havia caído oito posições no ranking em apenas um ano, passando da 20ª colocação para a 28ª. Em 2018, o país perdeu ainda mais um lugar –tudo efeito de uma série de problemas na política e da economia do Brasil, o que se reflete na forma como o resto do mundo pensa sobre o país.

Além de oferecer uma classificação geral da reputação do Brasil, o estudo sobre os “melhores países” apresenta a classificação do Brasil em cada uma das categorias avaliadas no levantamento. A avaliação de cada um dos pontos revela até uma melhora relativa da imagem do Brasil, por mais que no ranking geral o país tenha perdido uma posição.

Segundo os dados divulgados em 2018, Brasil continua sendo o país mais bem avaliado do mundo enquanto um destino para turismo e aventura, no nota 10 no quesito. Manteve também a posição em termos de Cidadania (31º), Influência Cultural (8º), e Herança (14º).

A avaliação do Brasil piorou quando pensado o seu Poder (de 29º para 30º). Trata-se de uma avaliação sobre a projeção de influência de um país no palco global –ranking liderado pelos Estados Unidos, pela Rússia e pela China. “Os países mais poderosos do mundo podem não ser os mais queridos, mas são nações que consistentemente dominam o noticiário, preocupam políticos e moldam as perspectivas econômicas. De forma certa ou errada, suas decisões de política externa e econômica têm efeitos em todo o mundo”, explica o estudo de 2017.

Em relação ao ano anterior, entretanto, o país melhorou levemente sua classificação em termos de Empreendedorismo (de 38º para 37º), Movers (que mede o potencial de crescimento e desenvolvimento do país, de 11º para 9º), Abertura a Negócios (de 63º para 60º) e até Qualidade de Vida (58º para 52º).

Uma possível explicação para a perda de uma posição geral em meio a melhora em tantos indicadores é o ranking é comparativo, então leva em consideração a situação de outros países em contexto geral. Assim, a Grécia melhorou mais do que o Brasil no período, e passou da 29ª para a 28ª colocação, passando o Brasil.

Além disso, mesmo com melhoras marginais a avaliação do Brasil continua sendo muito negativa quando se debruça sobre aspectos mais sérios sobre a situação do país, lidando com questões de qualidade de vida, política e economia no cenário global.

A comparação entre os aspectos bem e mal avaliados da reputação brasileira ecoa a sempre repetida interpretação do consultor Simon Anholt de que o Brasil é um país “decorativo”. Isso significa que o país costuma ser visto no exterior como uma nação que serve bem a questões culturais e de diversão, mas mal para pontos ligados a política e economia globais.

O estudo Best Countries é desenvolvido anualmente pela consultoria Y&R’s BAV, em parceria com a Universidade da Pensilvânia e a agência de notícias US News & World Report (no levantamento de 2016, a WPP fazia o estudo). Ele analisa dezenas de características qualitativas, impressões que têm potencial de influenciar as negociações globais, viagens, investimentos e afetar diretamente economias locais.

Suíça, Canadá e Alemanha aparecem no topo do ranking de 2018 como “melhores países” do mundo. A Argélia é o último lugar da lista de 80 países, seguida, de trás para a frente, por Angola e Sérvia.

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Retrospectiva: 2017 foi o ano de rebaixamentos da imagem do Brasil no mundo http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/12/29/retrospectiva-2017-foi-o-ano-de-rebaixamentos-da-imagem-do-brasil-no-mundo/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/12/29/retrospectiva-2017-foi-o-ano-de-rebaixamentos-da-imagem-do-brasil-no-mundo/#respond Fri, 29 Dec 2017 13:33:38 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4123

Ilustração da rede CNN sobre as crises da economia brasileira

O ano que chega ao fim no domingo vai ficar marcado pela série de rebaixamentos na reputação do Brasil no resto do mundo. A percepção a respeito do país piorou em todo o planeta nos últimos anos, segundo os principais estudos que avaliam a imagem do Brasil no exterior em 2017. Em muitas das pesquisas de opinião globais, o país apareceu em seu pior momento em mais de uma década de estudos deste tipo.

Um levantamento realizado pelo blog Brasilianismo revela que em sete das principais análises sobre a “marca” do Brasil a imagem internacional do país caiu várias posições nos rankings de nações do mundo. Em alguns dos estudos a queda foi de mais de dez posições em poucos anos, e em outros o Brasil chegou em 2017  a sua pior posição da história.

Todas as medidas de soft power (poder de convencimento sem uso da força), de reputação e sobre a forma como o Brasil é percebido no resto do mundo parecem mostrar que a imagem do país piorou no mesmo período em que mais tentava se promover globalmente, quando sediou a Copa do Mundo e a Olimpíada para atrair a atenção global. Por mais que usem metodologias diferentes, todas as pesquisas confirmam a mesma tendência: o Brasil perdeu seu potencial de atrair e encantar.

A tabela abaixo resume a queda nas percepções internacionais do Brasil de acordo com os diferentes estudos globais, mostrando as posições em que o país aparecia em rankings internacionais em 2016 e em 2017.

Embora não exista um modelo de medida e avaliação de imagem internacional de países aceita de forma unânime, pesquisadores da área argumentam que esses índices com diferentes metodologias normalmente se apoiam e se complementam, o que significa que as medidas têm alguma base no que realmente é a imagem do país.

Apesar de todos esses estudos se basearem principalmente na opinião de cidadãos em diferentes países do mundo, outras duas medidas diferentes de imagem internacional, com diferentes abordagens, também descrevem uma piora no posicionamento global do Brasil –e podem ajudar a explicar a queda de qualidade registrada nas pesquisas.

Em 2017, o país obteve a sua pior posição em mais de dez anos do Anholt-GFK Nation Brands Index, a pesquisa mais citada e respeitada da reputação das nações. Depois de passar anos classificado em torno do 20º lugar até antes da Copa do Mundo, tornou-se o 25º ano após os Jogos Olímpicos.

Em questão de quatro anos, entre 2013 e 2017, perdeu dez posições no levantamento Country RepTrak, caindo de 21º a 31º. Além disso, perdeu seu primeiro lugar como a nação com a melhor reputação na América Latina para a Argentina, no FutureBrand Country Brand Report.

Em uma medida mais diretamente relacionada ao soft power, o Brasil passou do 23º lugar em 2015 para penúltimo (29º) na lista Soft Power 30 em 2017.

Mesmo um novo ranking de reputação internacional, o Best Countries, primeiro desenvolvido após o país sediar a Copa do Mundo, mostrou que o Brasil caiu do 20º lugar em 2016 para o 28º em 2017.

Por um lado, o Índice Good Country desenvolvido mais recentemente mostrou que o Brasil caiu da 49º posição entre os países com maior contribuição para a humanidade em 2015 para o 80º lugar no ranking de 2017. Embora os acadêmicos que desenvolveram o ranking argumentem que não é correto tratar a queda como tal, uma vez que houve uma mudança de metodologia, isso mostra que o Brasil não está se esforçando para ajudar o mundo, o que está fortemente correlacionado com a percepção estrangeira de uma nação.

Por outro lado, um estudo de como o Brasil é retratado na mídia internacional mostra que, em menos de uma década, o tom utilizado pela imprensa internacional para se referir ao país foi 80% positivo para 80% negativo.

De acordo com a análise I See Brazil, entre o ano anterior à Copa do Mundo e o ano após os Jogos Olímpicos, a proporção de reportagens com tom negativo na imprensa estrangeira passou de 3,6 em cada 10 menções em 2013 para o Brasil para 8 em 10 em 2017. Para muitos pesquisadores, a cobertura da mídia está relacionada ao desenvolvimento da imagem de um país, embora seja correto avaliar que a perspectiva negativa da mídia sobre um país mostra problemas reais que a nação enfrenta.

Não existe uma explicação simples para justificar uma piora tão marcante na avaliação do Brasil no mundo em tantos rankings diferentes, mas é fácil de perceber que a situação política e econômica do país bem no momento em que os holofotes globais se concentravam sobre ele tenha contribuído para isso.

Por mais que a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada tenham sido consideradas bem-sucedidas, ao sediar eventos globais de grande visibilidade como estes o Brasil se expôs ao mundo, com todas as suas falhas e em meio a graves crises política, social e econômica. O resto do planeta reconheceu, mais uma vez, que o Brasil sabe realizar grandes festas globais, mas reforçou a sua percepção de que este é o máximo que o país consegue fazer. O Brasil atraiu a atenção internacional, mas, por conta das duas crises, não conseguiu promover sua imagem como uma potência emergente e séria em termos de política e economia.

Alguns dos levantamentos de imagem citados acima chegam a citar a pior recessão da história, os imensos escândalos de corrupção, a crise política, o impeachment de Dilma Rousseff, a perda de credibilidade dos políticos do país, o aumento da violência e, especialmente, a piora na qualidade de vida da população, como causas para esta piora na imagem.

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Levantamento indica que imagem internacional do Brasil nunca foi tão ruim http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/11/16/levantamento-indica-que-imagem-internacional-do-brasil-nunca-foi-tao-ruim/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/11/16/levantamento-indica-que-imagem-internacional-do-brasil-nunca-foi-tao-ruim/#respond Thu, 16 Nov 2017 15:35:24 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4014

Por mais que a diplomacia brasileira tente negar, a imagem do Brasil no resto do mundo vem sofrendo um forte impacto das crises política e econômica, das notícias sobre corrupção, bem como do aumento da pobreza e da violência nos últimos anos. Pelo que se vê nos rankings internacionais que medem a percepção global sobre o país, a imagem do Brasil nunca foi tão ruim.

Isso aparece claramente no Anholt-GfK Nation Brands Index (NBI), mais famoso e aclamado método de analisar a reputação de nações, que acaba de ser divulgado. O Brasil voltou a cair duas posições nele, e agora é apenas o 25º país mais admirado do planeta –sua pior classificação na história da avaliação.

O resultado do índice para o ano de 2017 foi anunciado nesta quinta (16). A lista confirma a tendência de piora da reputação do Brasil, que já havia ficado evidente em 2016, quando o país já estava em sua pior posição até então.

O NBI avalia a imagem dos países em seis quesitos, com rankings específicos. Segundo a pesquisa deste ano, o Brasil é o 29º lugar em “Exportações”, o 33º em “Governo”, o 10º colocado em “Cultura”, o 23º em “Povo”, o 19º em “Turismo” e o 33º em “Imigração/Investimento”.

Posições do Brasil no NBI ao longo dos anos até 2016

Apesar de ter caído 2 posições no ranking geral, o país não perdeu pontos na avaliação de nenhum dos quesitos, e perdeu duas posições no índice por ter sido ultrapassado por países que melhoraram suas notas gerais.

O NBI avalia a imagem de 50 países, incluindo o Brasil, no resto do mundo. Historicamente, ser o 25º é ruim pois o país foi listado na primeira edição do ranking, em 2008, em 13º lugar entre as nações mais admiradas do mundo, mas desde 2009 costumava aparecer como o país emergente mais bem classificado, sempre em torno do 20º lugar — Em 2011 subiu para 16º, mas logo depois caiu de volta para a 20ª colocação. Em 2016 o Brasil era o 23º, pior classificação até então.

O ranking é calculado a partir de entrevistas e painéis realizados em várias partes do planeta.

A deterioração da imagem do Brasil tem sido confirmada também em outros índices internacionais, como o ranking Best Countries, em cujo ranking mais recente o país caiu 8 posições. O Brasil agora é apenas o 28º “melhor país do mundo”, segundo este estudo.

Crise afeta imagem internacional do Brasil

Ainda segundo o Best Countries, o Brasil é um ótimo lugar para diversão e aventura, mas não exatamente um bom lugar para viver ou fazer negócios.

A avaliação positiva do Brasil em “Cultura” e “Turismo” ajuda a reforçar a imagem internacional de país decorativo do Brasil. Segundo esta interpretação, o país vai bem em itens mais leves da sua reputação, ligados a diversão, e é mal avaliado em questões sérias como política e economia. Isso reforça a imagem internacional do Brasil como um país de festa, mas não sendo como um bom lugar para fazer negócios.

Além do Brasil, quem também piorou sua reputação no mundo, segundo o NBI deste ano, foram os Estados Unidos, que tiveram a maior queda. Os EUA perderam a liderança do ranking e agora aparecem apenas como o 6º país mais admirado do mundo.

A piora na imagem se dá por conta do “efeito Trump”, segundo avaliação do consultor Simon Anholt, criador do índice, divulgada junto com os dados deste ano.

Com a queda dos EUA, o ranking agora é liderado pela Alemanha, seguida pela França e pelo Reino Unido.

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Crises afetam percepção externa e não deixam se tornar uma potência global http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/11/07/crises-afetam-percepcao-externa-e-nao-deixam-se-tornar-uma-potencia-global/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/11/07/crises-afetam-percepcao-externa-e-nao-deixam-se-tornar-uma-potencia-global/#respond Tue, 07 Nov 2017 09:58:59 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3989

Página sobre o Brasil no ranking de países com melhores imagens do mundo

A qualidade da percepção internacional sobre o Brasil desabou nos últimos anos. Todos os principais rankings que medem a imagem da nação no resto do mundo mostram que as crises política e econômica dentro do Brasil afetaram a forma como o resto do mundo vê o país.

Segundo o pesquisador de marketing de países David Reibstein, um dos principais especialistas do setor, “não há dúvida de que o Brasil tem os recursos e o potencial para ser uma das dez primeiras nações do mundo”. O problema, segundo ele, é que o Brasil tem tantos conflitos internos, impeachment, instabilidade econômica, que tudo isso afeta a percepção externa.

Reibstein é professor de marketing da Wharton School, na Universidade da Pensilvânia. Especialista em desenvolvimento de métricas para análise de marcas, ele participou do desenvolvimento e análise de dados do ranking Best Countries.

Este índice mede a percepção internacional sobre vários países e indica que o Brasil tem a 28ª melhor imagem do mundo (uma queda de 8 posições em menos de dois anos), com excelente reputação como destino de turismo (quesito Aventura), mas com avaliação negativa quanto à qualidade de vida no país.

O professor de marketing David Reibstein

Em entrevista ao blog Brasilianismo, Reibstein diz que a melhor forma de mudar a percepção do mundo sobre o Brasil é corrigir os problemas internos, buscar a estabilidade e evitar novas reviravoltas. “Percepções são importantes, e vai demorar para que o Brasil consiga mudar as percepções internacionais sobre o país, pois este tem sido um problema constante no Brasil.”

Brasilianismo – O índice Best Countries coloca o Brasil como o melhor país no quesito Aventura, mas avalia mal o país em termos mais sérios, como qualidade de vida e ambiente de negócios. O que isso diz sobre a percepção internacional do Brasil?
David Reibstein – Todas as imagens que são mostradas do Brasil incluem a foto do Cristo no Rio, ou de praias, ou do carnaval. Se você prestar um pouco mais de atenção, verá algo da Amazônia. Essas são as coisas que estão nos olhos das pessoas do mundo. Para pessoas que não conhecem o país, quando perguntam a elas qual seria o lugar mais empolgante para visitar, elas pensam no Brasil. É uma aventura. Isso não tem relação com negócios, mas pode estar relacionado com o turismo, e poderia ajudar a atrair visitantes ao Brasil.

Brasilianismo – Há uma frase muito conhecida no Brasil, atribuída erroneamente a Charles de Gaulle, de que o país não é sério. Simon Anholt, que criou o Nation Brands Index, costuma dizer que países como o Brasil são “decorativos”, bons para visitar, para festas, mas não para negócios ou relações políticas. O que você acha disso?
David Reibstein – Não concordo. Acho que podemos pensar nesses dois lados do perfil como independentes. É certo que pode-se ir ao Brasil como um ótimo lugar para aventura, mas também se pode ir ao Brasil a negócios. O Brasil estava virando a curva, sua economia estava crescendo e parecia que negócios iam ser uma área de prosperidade no país, mas houve um retrocesso. Mesmo assim, acho que um país pode ser uma aventura e também ser um ótimo lugar para fazer negócios. Seria uma ótima combinação.

Brasilianismo – Mas, considerando a imagem internacional do país, o Brasil nunca conseguiu combinar os dois, não é?
David Reibstein – Cinco anos atrás o Brasil parecia ser o melhor lugar para se investir, mas os problemas políticos e a corrupção foram um grande retrocesso.

Não acho que o país ser percebido como um destino de aventura precise significar que vai ser um lugar com problemas na área de negócios. Quando olhamos para o ranking, Itália e Espanha são segundo e terceiro lugar no quesito aventura. Por mais que eles não sejam os melhores lugares do mundo para negócios, também não vão mal.

Acho que o Brasil não deveria fugir do rótulo e Aventura. A imagem de aventura é benéfica em termos de turismo, o que gera impactos significativos na economia.

Isso não significa, entretanto, que o país não deva se preocupar com as outras dimensões da sua percepção internacional, que também são importantes.

Quando olhamos para a questão de abertura aos negócios, ou empreendedorismo, o Brasil vai muito mal. Essas são dimensões críticas, que o Brasil deveria trabalhar para mudar, mas que não são necessariamente opostas à imagem de Aventura.

Brasilianismo – Trabalhos de marca de países normalmente estão associados a questões de turismo e negócios, mas o Brasil também se preocupa com sua imagem em termos de relações internacionais. A diplomacia brasileira trabalha há anos para tentar promover a imagem do país como uma potência global, mas o ranking Best Countries coloca o país em 29º lugar em termos de Poder. Isso significa que a percepção internacional pode afetar a busca pelos objetivos diplomáticos do país?
David Reibstein – Em termos de relações internacionais e influência internacional, a questão do Poder é muito importante. A questão de poder avalia o poder militar, mas também a influência econômica, entre outras características. O Brasil tem influência econômica no mundo. O Poder pode ser algo que diz algo sobre a influência econômica do país.

Brasilianismo – Harold Trinkunas and David Mares dizem que o Brasil sempre teve a ambição de ser uma potência global. Ao ver o país em 29º no índice de Poder do ranking Best Countries, parece que o Brasil está distante de alcançar esta ambição, não?
David Reibstein – Sim. Tenho ido ao Brasil há muitos anos. Sempre houve essa esperança, mas o Brasil de alguma forma acaba atrapalhando a si mesmo. Parte do problema é a questão da segurança, que se vê atualmente no Rio. Parte vem da instabilidade política, que sempre é algo que atrapalha a ascensão do Brasil ao topo.

Brasilianismo – Pensando na questão da marca do Brasil e na situação em que o país está agora, qual seria o caminho ideal para tentar promover a imagem do país? É melhor se concentrar apenas em problemas internos, ou é preciso pensar também na promoção internacional?
David Reibstein – A questão interna é mais importante. É difícil criar uma marca sem ter substância por trás dela. Não faz sentido tentar promover o Rio como um lugar seguro enquanto o Rio não é seguro. É preciso trabalhar na questão da segurança antes de tentar promover está imagem. Primeiro é importante resolver as questões internas, para depois tentar comunicar isso ao resto do mundo.

Brasilianismo – Em um artigo sobre imagem de países, você diz que os rankings não refletem fatos, mas percepções. Qual a importância dessa percepção internacional?
David Reibstein – Percepção é tudo. Assim como acontece com produtos, se não se tem uma percepção positiva dele, ele não vai ser comprado. A percepção é tudo, mas a sua parte mais importante vem da realidade.

Percepções são importantes, e vai demorar para que o Brasil consiga mudar as percepções internacionais sobre o país, pois este tem sido um problema constante no Brasil.

Brasilianismo – Apesar da importância da percepção e do conteúdo real do país, parece existir uma lacuna entre a realidade e a imagem do país, não? Dada a força econômica, o tamanho e a população do Brasil, parece estranho o país ser apenas o 28º no ranking Best Country.
David Reibstein – Há alguns países em que isso acontece. Israel, por exemplo, é um país inovador, mas as pessoas não percebem isso no resto do mundo. A Índia está progredindo, mas o resto do mundo não vê isso. Ninguém via os Emirados Árabes como um lugar interessante para visitar e fazer negócios.
Como o Brasil tem tantos conflitos internos, impeachment, instabilidade econômica, tudo isso afeta a percepção. Não há dúvida de que o Brasil tem os recursos e o potencial para ser uma das dez primeiras nações do mundo. Mas essas questões que continuam aparecendo na política e na economia atrapalham.

Brasilianismo – Foram estes problemas, impeachment, conflito e recessão, que fizeram o Brasil cair 8 posições no ranking Best Countries?
David Reibstein – É uma parte fundamental desse problema. As pessoas estão tomando mais conhecimento sobre os problemas do Brasil, como a pobreza. Em certa medida, a Olimpíada, que deveria ter sido uma oportunidade excelente para promover o Brasil no ranking, mas acabou destacando os problemas internos do país. Quando a China sediou uma Olimpíada, isso melhorou a imagem da China.

Brasilianismo – Você desenvolveu um trabalho para medir o impacto da marca de um país na economia. Analisando a imagem do Reino Unido, indicou que o ganho de 1 ponto em uma métrica de força de marca de um país significaria um ganho anual de até 6,5% no Produto Interno Bruto do país. Isso valeria para o caso do Brasil também, ou seria necessária uma métrica diferente?
David Reibstein – Seria a mesma métrica para o caso do Brasil.

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Site elege São Paulo a 9ª cidade mais feia do mundo; Rio é a 5ª mais bela http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/24/site-elege-sao-paulo-a-9a-cidade-mais-feia-do-mundo-rio-e-a-5a-mais-bela/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/24/site-elege-sao-paulo-a-9a-cidade-mais-feia-do-mundo-rio-e-a-5a-mais-bela/#respond Tue, 24 Oct 2017 08:17:55 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3951

Site elege São Paulo a 9ª cidade mais feia do mundo, e Rio a 5ª mais bela

O Brasil tem uma das cidades mais feias do mundo, mas também tem uma das cidades mais belas do planeta. A avaliação é do site de turismo UCityGuides, que citou São Paulo e Rio de Janeiro em seus rankings de feiura e de beleza internacionais, respectivamente.

O site de turismo UCityGuides é voltado para viajantes que buscam informações para conhecer áreas urbanas do mundo. Apesar de não ser exatamente uma referência conhecida em informações sobre turismo, o site se especializa em listas que criam polêmicas na internet, como a que inclui as cidades brasileiras. Assim ela consegue ter mais visibilidade em todo o mundo. A lista que inclui São Paulo entre as cidades mais feias, por exemplo, vem sendo compartilhada e discutida amplamente em redes sociais brasileiras.

A capital paulista aparece em 9º lugar entre as cidades mais feias.

“A natureza parece ter concentrado todos os seus esforços no Rio e esquecido completamente da outra grande metrópole brasileira. São Paulo pode ser uma das cidades mais empolgantes quando se trata de comida e compras, mas não há dúvidas de que é uma grande selva de pedras feia”, diz.

A lista é liderada pela Cidade da Guatemala, pela Cidade do México e por Amã, na Jordânia.

Site elege São Paulo a 9ª cidade mais feia do mundo, e Rio a 5ª mais bela

Entre as cidades mais bonitas, o Rio de Janeiro aparece em 5º lugar.

“Há quem diga que Deus criou o mundo em seis dias e dedicou o sétimo ao Rio. A cidade é realmente abençoada com uma das localizações mais impressionantes do mundo, fazendo dela a cidade mais naturalmente bonita do mundo”, diz.

No ranking de cidades belas, o Rio fica atrás de Veneza, Paris, Praga e Lisboa.

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Brasil é o melhor país do mundo para aventura, mas tem má qualidade de vida http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/08/brasil-e-o-melhor-pais-do-mundo-para-aventura-mas-tem-ma-qualidade-de-vida/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/08/brasil-e-o-melhor-pais-do-mundo-para-aventura-mas-tem-ma-qualidade-de-vida/#respond Sun, 08 Oct 2017 09:24:33 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3888

Brasil é o melhor país do mundo para aventura, mas tem má qualidade de vida

O Brasil é apenas o 28º “melhor país do mundo”.

A avaliação é do ranking internacional Best Countries, um dos mais recentes levantamentos sobre a percepção internacional de diferentes países do mundo. O estudo considera a reputação de 80 nações em diferentes aspectos políticos, econômicos e sociais.

O levantamento revela que o Brasil despencou oito posições no ranking em apenas um ano. Em um período de graves crises na economia e na política, país deixou de ser o 20º colocado e ficou em 28º lugar.

Esta perda de status global em meio às instabilidades internas foi percebida também em outras avaliações de imagem do Brasil, como o Nation Brands Index, em que o país também despencou.

O mais interessante do estudo recente sobre os “melhores países”, entretanto, não é exatamente o ranking geral de nações, mas o fato de que ele apresenta a classificação do Brasil em cada uma das categorias avaliadas no levantamento.

Assim, é possível saber que o Brasil é o país mais bem avaliado do mundo enquanto um destino para turismo e aventura, no nota 10 no quesito. O país vai bem ainda na avaliação da sua influência cultural, aparecendo em 8º lugar entre os países avaliados.

E mesmo com toda a crise, o Brasil ainda é o 11º colocado no ranking “movers”, que mede o potencial de crescimento e desenvolvimento do país (uma queda em relação ao 6º lugar no item no ranking do ano anterior).

“O Brasil é um dos principais destinos turísticos do mundo. Entretanto, o país enfrenta no século 21 sérias questões ligadas a pobreza, desigualdade, política e ambiente”, diz o estudo.

Assim como já se registrava no estudo de 2016, os problemas da reputação do Brasil aparecem em aspectos mais ligados a questões mais sérias, como economia e política.

O Brasil é apenas o 63º colocado na avaliação da sua abertura para negócios internacionais, por exemplo. É também mal avaliado em termos de qualidade de vida para seus cidadãos, ficando em 58º lugar. E é apenas o 31º em termos de cidadania.

A comparação entre os aspectos bem avaliados e mal avaliados da reputação brasileira ecoa a interpretação já feita pelo consultor Simon Anholt de que o Brasil é um país “decorativo”, servindo bem a questões culturais e de diversão, mas mal para pontos relacionados a questões mais sérias no resto do mundo.

“Ocupando metade do território da América do Sul, o Brasil é um gigante do continente –tanto em tamanho quanto em população. A história do Brasil é marcada por turbulências econômicas, alternando entre crescimento e crise, e sua cultura é um caldeirão que tradicionalmente recebe bem o mundo”, diz o estudo sobre o país.

Essa questão do contraste entre o apelo “decorativo” e os problemas políticos e sociais fica ainda mais evidente no ranking “Best Countries” por conta da avaliação que ele faz a respeito do “Poder” dos países.

O Brasil é classificado como o 29º país mais poderoso do mundo, com uma nota de apenas 1,3 ponto.

Trata-se de uma avaliação sobre a projeção de influência de um país no palco global –ranking liderado pelos Estados Unidos, pela Rússia e pela China.

“Os países mais poderosos do mundo podem não ser os mais queridos, mas são nações que consistentemente dominam o noticiário, preocupam políticos e moldam as perspectivas econômicas. De forma certa ou errada, suas decisões de política externa e econômica têm efeitos em todo o mundo”, explica o estudo.

Isso pode ser interpretado como uma demonstração ainda de que o Brasil, apesar do seu tamanho e do seu apelo cultural e turístico (apesar de todo o soft power), não tem tanta relevância real. É como se o país, no fundo, não fosse levado tão a sério.

A questão do poder tem influência no ranking total de “melhores países”, mas não é definitiva. O “melhor país do mundo”, segundo o levantamento, é a Suíça, seguida pelo Canadá e pelo Reino Unido. Os EUA aparecem em 7º lugar.

O último colocado entre os países avaliados é a Sérvia, seguida do Irã e da Argélia.

O estudo é desenvolvido anualmente pela consultoria Y&R’s BAV, em parceria com a Universidade da Pensilvânia e a agência de notícias US News & World Report (no levantamento de 2016, a WPP fazia o estudo). Ele analisa dezenas de características qualitativas, impressões que têm potencial de influenciar as negociações globais, viagens, investimentos e afetar diretamente economias locais.

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Reputação do Brasil piora em ranking, e país é ultrapassado pela Argentina http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/15/reputacao-do-brasil-piora-em-ranking-e-pais-e-ultrapassado-pela-argentina/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/15/reputacao-do-brasil-piora-em-ranking-e-pais-e-ultrapassado-pela-argentina/#respond Tue, 15 Aug 2017 23:40:24 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3762

Reputação do Brasil piora em ranking e país é ultrapassado pela Argentina

O Brasil despencou sete posições no ranking de países com a melhor reputação global, segundo o índice Country RepTrak deste ano, segundo o Reputation Institute.

O país aparece em 31º lugar na lista que inclui 55 nações de várias partes do mundo. E agora aparece atrás de países que não costumavam ter uma imagem internacional melhor do que ele, como Argentina (30º) e Chile (29º).

O Brasil acumulou 59,6 pontos no índice, o que indica uma posição de raputação “fraca” (60 pontos é o mínimo para que a imagem seja classificada como “moderada”).

Apesar da grande queda do país no ranking, e da “grave crise institucional” percebida pelo estudo, o Reputation explica que a imagem do Brasil no exterior não sofreu queda, e se manteve estável. O problema é que a maioria dos outros países tiveram melhora em sua avaliação no período, o que deixou o Brasil para trás.

A queda na reputação externa do Brasil aconteceu há mais tempo. Um gráfico divulgado no estudo mostra como o país foi de uma avaliação externa de 67,2 pontos em 2013 para 49,4 em 2015. A atual é de 47,6.

Reputação do Brasil piora em ranking e país é ultrapassado pela Argentina

Enquanto o Brasil apresentou uma queda no ranking, o país que teve a maior queda em sua reputação internacional, na verdade, foram os Estados Unidos. Segundo o estudo, isso aconteceu especialmente por conta da eleição de Donald Trump.

A eleição do presidente dos EUA também teve efeito sobre o México, mas de forma positiva. o México ganhou simpatia por conta dos ataques de Trump, e melhorou sua reputação.

Além de medir a reputação internacional dos países, o Reputation também avalia a autoimagem dos lugares avaliados. O Brasil é o segundo país que tem a pior autoimagem entre os analisados pelo ranking –à frente apenas da África do Sul.

Entretanto, o Brasil é o país que registra a maior diferença entre a reputação externa (melhor) e a interna (pior). São 12 pontos de diferença.

Esta autocrítica já estava presente no levantamento do ano anterior, que mostrava que enquanto o país tinha 57,8 pontos na avaliação externa, tinha apenas 47,5 na autoavaliação.

Fundado em 1997, o instituto criou o RepTrak para analisar dados sobre 7 dimensões de reputação dos países. O estudo avalia 55 nações diferentes, ouve grupos de interesse e empresas. A cada ano, são realizadas mais de 6 mil pesquisas para gerar os dados analisados.

O modelo de estudo calcula a reputação emocional, medida pela percepção gerada pelo país, e a reputação racional, com base em dados sobre eficiência governamental, avanço econômico e ambiente do país.

O Canadá é o país com a melhor reputação do mundo no ranking deste ano, com um total de 82,8 pontos no índice. Em seguida, aparecem Suíça (também com 82,8 pontos), Suécia (82,5), Austrália (81,6) e Nova Zelândia (81,1).

No outro lado da tabela, o Itaque tem a pior reputação do mundo (28,3 pontos), seguido pelo Irã (32,8) e pelo Paquistão (37,3).

A queda do Brasil no ranking reflete o que outros estudos semelhantes sobre imagem e reputação internacional.

O noticiário sobre as crises política e econômica e os problemas registrados durante a Olimpíada no país derrubaram o Brasil no principal ranking internacional que mede a imagem das nações no mundo. O Brasil aparece em 23º lugar na edição mais recente, de 2016, do Anholt-GfK Nation Brands Index (NBI), a sua pior classificação na história do índice.

A crise política e a recessão também fizeram o Brasil cair quatro posições no ranking Good Country Index— o índice do bom país. Depois de estrear na 49ª posição em 2015 e subir para o 43º lugar no ano passado, o Brasil voltou a cair e agora está em 47º no índice que avalia a contribuição de cada país para o planeta.

Por conta da situação tão crítica, o Brasil desabou no ranking internacional que mede o soft power, o ”poder brando”, ”poder suave” ou ”poder de convencimento”, de acordo com o recém-divulgado relatório anual sobre o tema divulgado pela consultoria britânica Portland.

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Imagem do Brasil piora em pesquisa da BBC sobre percepções internacionais http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/07/05/imagem-do-brasil-piora-em-pesquisa-da-bbc-sobre-percepcoes-internacionais/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/07/05/imagem-do-brasil-piora-em-pesquisa-da-bbc-sobre-percepcoes-internacionais/#respond Wed, 05 Jul 2017 21:21:11 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3568

Brasil cai em ranking da BBC sobre imagem internacional de países

O Brasil aparece em 8º lugar em um ranking global de países com imagens mais positivas encomendado pelo serviço mundial da rede britânica BBC.

Segundo a pesquisa, 38% dos entrevistados em 19 países acham que o Brasil tem imagem mais positiva, enquanto 30% acham que a influência do Brasil é majoritariamente negativa.

Isso indica a perda de seis pontos percentuais em sua imagem positiva em relação ao último levantamento deste tipo, realizado em 2014.

O intervalo entre as pesquisas, entretanto, indica que o Brasil caiu até menos do que o que se podia esperar, dado que o levantamento anterior se deu no ano em que o país sediou com sucesso a Copa do Mundo, e antes de mergulhar de cabeça na atual grave crise política e econômica.

Por outro lado, a realização da Copa tinha o potencial de só melhorar a imagem do Brasil, então é possível que o torneio de futebol e a ausência de graves problemas durante os Jogos Olímpicos do ano passado tenham mitigado a deterioração da imagem do Brasil.

O índice ecoa o que outras pesquisas de imagens e marcas de países no mundo já vinham indicando. As crises e os escândalos estão piorando a percepção de mundo sobre o país.

O Brasil despencou no ranking Nation Brands Index, por exemplo, e apareceu em dezembro do ano passado em sua pior posição na história da pesquisa.

A crise fez o Brasil perder posições também no índice Good Country, que mede as contribuições do país para o mundo.

O país perdeu uma posição no ranking global de soft power, que dizia que o país estava “no limite do desastre”.

Por outro lado, o Brasil apareceu bem em rankings nada lisonjeiros. O país é o 6º entre os países “mais ignorantes” do mundo, e liderou a lista americana de corrupção global.

“Acreditamos que os problemas enfrentados pelo Brasil se refletem nessa mudança de percepção”, avaliou um dos diretores da pesquisa, em entrevista à BBC Brasil.

Segundo a reportagem da BBC Brasil sobre o levantamento, o país mais “simpático” ao Brasil foi a China, com 57% de percepção positiva sobre o companheiro de BRIC.

Oito dos países em que foi feita a pesquisa têm opinião mais positiva, cinco parecem divididos e outros cinco apresentaram tendências negativas. “França e Reino Unido apresentaram maior rejeição internacional (43%), enquanto os próprios entrevistados brasileiros registraram a maior percepção negativa da influência do país no mundo (64%)”, diz.

O levantamento foi realizado com base em entrevistas com 18 mil pessoas em 19 países. Os entrevistados responderam a perguntas sobre a opinião deles sobre 16 países e a União Europeia. Além disso, a pesquisa convidava as pessoas a classificarem os países como influências negativas ou positivas no mundo.

O Canadá lidera a lista, com 61% de opiniões positivas, seguido pela Alemanha (59%), Japão (56%), França (52%) e Reino Unido (51%).

No outro lado do ranking, o Irã tem 61% de opiniões negativas, a Coreia do Norte é o segundo mais mal visto (59% negativo), seguido pelo Paquistão (58%) e por Israel (50%).

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Brasileiros mais caros da história do futebol inglês custaram R$ 1,7 bilhão http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/06/25/brasileiros-mais-caros-da-historia-do-futebol-ingles-custaram-r-17-bilhao/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/06/25/brasileiros-mais-caros-da-historia-do-futebol-ingles-custaram-r-17-bilhao/#respond Sun, 25 Jun 2017 19:50:09 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3506

Brasileiros mais caros que já atuaram no futebol inglês custaram 1,7 bilhão

Os contratos dos 20 jogadores brasileiros mais caros que já atuaram no futebol inglês custaram, juntos, o equivalente a R$ 1,77 bilhão (416 milhões de libras).

O cálculo foi feito com base no ranking dos atletas brasileiros com maiores contratos já assinados com a primeira divisão da Inglaterra divulgado pelo site “Talk Sport”. A publicação diz que o Chelsea está tentando contratar o lateral Alex Sandro por 61 milhões de libras (R$ 259 milhões), no que se tornaria o maior contrato já assinado com um brasileiro naquele país.

Três jogadores contratados pelo Manchester City encabeçam a lista: Ederson Moraes (contratado neste ano por 35 milhões de libras), Fernandinho (contratado em 2013 por 34 milhões de libras) e Robinho (contratado em 2008 por 32,5 milhões de libras).

Na média, cada um dos 20 maiores contratos custou o equivalente a R$ 88,5 milhões.

A lista não leva em consideração a inflação entre 2007 e 2017, período em que foram assinados os 20 maiores contratos com brasileiros no país.

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