imprensa – Brasilianismo http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br Daniel Buarque é jornalista e escritor com mestrado sobre a imagem internacional do país pelo Brazil Institute do King's College de Londres. Fri, 31 Jan 2020 12:20:22 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Amazônia é tema de editoriais críticos pelo mundo; WSJ defende Bolsonaro http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/08/26/amazonia-e-tema-de-editoriais-criticos-pelo-mundo-wsj-defende-bolsonaro/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/08/26/amazonia-e-tema-de-editoriais-criticos-pelo-mundo-wsj-defende-bolsonaro/#respond Mon, 26 Aug 2019 10:56:06 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=5802 Menos de uma semana depois de os incêndios na Amazônia se tornarem um dos principais assuntos nas manchetes dos jornais internacionais, retratando o Brasil em chamas, e de as primeiras análises responsabilizarem o governo do presidente Jair Bolsonaro pelo descontrole na destruição da floresta, o tema ganhou espaço nos textos editoriais e de opinião da imprensa estrangeira.

Na maior parte das publicações, o tom adotado continua sendo de forte crítica ao presidente e à postura do governo em relação ao ambiente desde a eleição do ano passado, mas a intensidade da crítica e o foco da análise se tornaram mais variados.

Pela primeira vez, aparecem veículos que adotam um tom mais favorável ao governo. O jornal de economia The Wall Street Journal, por exemplo, defende que o Bolsonaro está conseguindo avançar com sua política econômica, e que o desenvolvimento pode ser a melhor forma de proteger a floresta.

Um dos pontos centrais para muitos desses veículos é tentar explicar por que a crise atual na floresta é tão importante –o que é fortemente associado ao discurso do governo em relação ao ambiente e à preocupação internacional com tentar evitar que a destruição ultrapasse o limite de recuperação da floresta.

Além disso, é frequente a discussão sobre as formas pelas quais o mundo pode pressionar o Brasil a proteger a floresta e ajudar o país a combater sua destruição.

Veja abaixo alguns dos principais editoriais sobre a Amazônia publicados na imprensa internacional nos últimos dias.

Le Monde

O jornal francês Le Monde foi uma dos primeiros veículos da imprensa internacional a publicar um editorial analisando a questão dos incêndios na floresta no Brasil. Segundo a publicação, a Amazônia deve ser vista como “um bem comum universal”.

“A alarmante multiplicação de incêndios na Floresta Amazônica não diz respeito apenas ao Brasil, que abriga 60% dela, mas a todo o planeta, porque faz parte do desarranjo global do sistema climático”, diz.

O texto de opinião do jornal argumenta que na disputa entre o argumento francês sobre a importância universal da floresta e o argumento brasileiro sobre a posse soberana da floresta, “as consequências da destruição gradual da Floresta Amazônica para o resto dos habitantes do mundo claramente dão razão aos países europeus”. “Bolsonaro deve, portanto, aceitar esta responsabilidade internacional”, defende.

The Observer

A edição deste fim de semana do jornal inglês The Observer (do mesmo grupo do Guardian) analisa a situação da floresta e a crise internacional em torno dos incêndios. Segundo a publicação, “a destruição da floresta tropical que estamos testemunhando reverberará muito além das fronteiras do Brasil nas próximas décadas”.

O editorial critica a política de Bolsonaro para a Amazônia e associa sua eleição ao aumento do desmatamento da floresta. O texto também defende a importância de ações internacionais para pressionar o Brasil e ajudar o país no combate à destruição.

“Fortalecer as nações menos afluentes em ações por meio de acordos comerciais não é, por si só, suficiente. Os países mais ricos da Europa precisam fazer muito mais quando se trata de arrecadar recursos adequados para a conservação no exterior, uma área de gastos que os governos acharam fácil demais economizar.”

“A retórica ambiental é barata. Somente os próximos meses dirão se os líderes europeus estão preparados para tomar as medidas necessárias para apoiar os brasileiros que estão lutando para proteger a Amazônia e o papel único que desempenha na proteção de um planeta biodiverso e sustentável para as futuras gerações.”

O Guardian também publicou um texto da jornalista brasileira Eliane Brum denunciando a “forma predatória de política chamada bolsonarismo”, cujo projeto é “criar mais devastação na Floresta Amazônica de forma metódica e rápida”.

The New York Times

O jornal americano The New York Times não publicou um editorial com a opinião do próprio veículo sobre a crise na Amazônia, mas publicou um texto de opinião da colunista brasileira Vanessa Barbara que critica o presidente Jair Bolsonaro.

“Tem sido doloroso ver o país queimar, literal e figurativamente, sob Bolsonaro. Neste momento, os brasileiros sentem uma dor coletiva e perplexa por tudo o que perdemos –não apenas como cidadãos brasileiros, mas como humanos”, diz.

New Statesman

A revista americana New Statesman publicou um artigo de opinião de Julia Blunck atacando duramente o presidente brasileiro e argumentando que “o mundo tem o poder de fazer Bolsonaro pagar por sua destruição da Amazônia”.

“A melhor arma contra o presidente de extrema-direita é afetar a economia brasileira”, diz.

“O Brasil nunca se viu como um vilão no cenário mundial. Pelo contrário, havia uma boa vontade geral em torno da imagem brasileira no exterior. Isso escondeu uma certa escuridão permanente na alma do país. Apesar de sempre concordar com a ação coletiva contra as mudanças climáticas, o Brasil nunca teve um histórico perfeito de preservação ambiental. Mesmo no seu melhor, o país procurou manter um perigoso equilíbrio entre os interesses do poderoso lobby do agronegócio e as preocupações verdes. A eleição de Bolsonaro, de extrema-direita, em 2018 expôs a atitude desdenhosa da maioria dos brasileiros em relação à Amazônia e seus povos indígenas: este é um homem que nunca disfarçou seu desprezo pelos ativistas verdes e tem um prazer quase sádico em zombar do preocupações de cientistas e celebridades.”

The Atlantic

A revista americana The Atlantic publicou uma análise da destruição da floresta acusando Bolsonaro de acelerar a crise e explicando que, se for destruída, a Amazônia não pode mais ser recuperada.

Os incêndios, diz, são “um símbolo da indiferença da humanidade em relação à desordem ambiental, incluindo as mudanças climáticas”.

Segundo o texto, as queimadas são mais importantes atualmente por conta da mudança do governo brasileiro no início do ano. “Jair Bolsonaro, um populista de extrema-direita que abertamente ansiava pelo passado autoritário de seu país, tomou posse como presidente. Durante sua campanha, ele prometeu enfraquecer as proteções ambientais da Amazônia –que foram eficazes na redução do desmatamento nas últimas duas décadas– e abrir a floresta tropical para o desenvolvimento econômico”, explica.

The Wall Street Journal

O Wall Street Journal foi uma das poucas grandes publicações internacionais a publicar um contraponto à crítica generalizada contra o Brasil por conta das queimadas na Amazônia.

Um artigo da colunista Mary Anastasia O’Grady argumenta que os incêndios na Amazônia são causado especialmente por secas, e que a política de Bolsonaro para o desenvolvimento econômico tem o potencial de ajudar a floresta mais do que discursos vazios.

“Bolsonaro tornou-se o principal alvo dos especialistas progressistas de todo o mundo por algumas de suas declarações sobre o meio ambiente. Enquanto os incêndios se acirram na Floresta Amazônica, em grande parte por causa da seca, ele está sendo culpado pelo afrouxamento da aplicação das leis de conservação. Mas a abertura e a modernização da economia farão muito mais para proteger a floresta do que os governos socialistas de antes de Bolsonaro”, diz.

Esta não é a primeira vez que o WSJ segue na contramão da crítica geral da imprensa estrangeira a Bolsonaro. Desde antes da eleição, quando o então candidato era alvo de grande rejeição no resto do mundo, o jornal de economia já tratava a escolha dele para a presidência sem alarmismo. Enquanto a ampla maioria dos veículos da imprensa estrangeira tratou a vitória de Bolsonaro nas eleições como uma ameaça para a democracia do Brasil, o WSJ publicou um editorial que poderia ser interpretado como positivo, alegando que a candidatura dele trata de “drenar o pântano”, expressão usada por Trump em 2016 como crítica ao sistema político.

No início deste ano, o jornal também apontou Bolsonaro como “o maior vencedor de 2018” em todo o mundo.

Bloomberg View

O colunista da agência de economia Bloomberg Mac Margolis também adotou um tom menos crítico em relação ao Brasil, mas com foco voltado aos fazendeiros, e não ao governo. Para ele, responsabilizar as pessoas que usam o território da Amazônia para fins econômicos não ajuda a proteger a floresta.

“Os produtores brasileiros precisam de incentivos, não apenas penas, para conter o desmatamento”, explica.

“Embora haja todas as razões para tratar os infratores severamente, salvar a floresta exige mais. Para conter o desmatamento, honrar o compromisso ambicioso de cortar mais de um terço dos gases causadores do efeito estufa em relação aos níveis de 2005 até 2030 e cumprir as cláusulas verdes do acordo comercial do Mercosul com a União Europeia, o Brasil deveria plantar mais incentivos, não acenar mais ameaças”, avalia.

“Isso significa tratar fazendeiros e, sim, pecuaristas mais como interessados na Amazônia do que como predadores”, complementa.

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‘Culpa de Bolsonaro’: No exterior, presidente é responsabilizado por fogo http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/08/23/culpa-de-bolsonaro-no-exterior-presidente-e-responsabilizado-por-fogo/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/08/23/culpa-de-bolsonaro-no-exterior-presidente-e-responsabilizado-por-fogo/#respond Fri, 23 Aug 2019 09:38:59 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=5782

A percepção internacional sobre a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de responsabilizar ONGs pelos incêndios na Amazônia não funcionou muito bem. O governante aparece como diretamente responsável pelas queimadas em quase toda a intensa cobertura que a imprensa estrangeira está fazendo sobre o caso. Em muitos dos veículos de mídia do resto do mundo, o presidente é citado diretamente como culpado.

Segundo as principais análises publicadas no exterior, Bolsonaro esvaziou agências que trabalhavam com a proteção das florestas e ao mesmo tempo incentivou a exploração econômica das áreas de florestas. A combinação levou ao aumento das queimadas, que são vistas agora como fora de controle e “crise global”.

Alguns veículos da imprensa internacional foram bem diretos na responsabilização do presidente:

“Os incêndios na Floresta Amazônica têm origem no desmatamento impulsionado pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro”, destacou rede de TV americana MSNBC, que criticou o presidente.

O âncora do canal Chris Hayes analisou as raízes políticas dos incêndios provocados que destroem a floresta amazônica. “O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, desempenhou um papel fundamental no desmatamento que está literalmente alimentando as chamas”, diz a MSNBC.

“Culpa de Bolsonaro”, diz o título publicado pelo jornal italiano La Repubblica.

“A Amazônia está pegando fogo, e o presidente de extrema-direita do Brasil pode ser o culpado”, diz o título do texto publicado pela revista Rolling Stone.

A rede de TV americana NBC publicou em seu site um artigo escrito pelo pesquisador Bill McKibben. O texto responsabiliza diretamente Bolsonaro pelas queimadas na floresta.

“As florestas tropicais da Amazônia estão em chamas. O presidente do Brasil, que parece Trump, Jair Bolsonaro, é o culpado”, diz o título de um artigo escrito pelo pesquisador Bill McKibben e publicado no site da rede de TV americana NBC.

“Não é sempre que você pode identificar uma pessoa como a culpada por algo nessa escala, mas a escuridão do meio do dia [em São Paulo] é o resultado direto da eleição de Jair Bolsonaro para a presidência do país no ano passado. Bolsonaro, que disse às pessoas, supostamente ironicamente, chamá-lo de ‘Capitão Motosserra’, fez campanha com base na teoria de que o desenvolvimento econômico de seu país havia sido limitado pela afeição do mundo pela Amazônia, e deixou claro que quem quisesse cortá-la tinha pouco a temer de sua administração. Ele até demitiu o chefe da agência federal encarregada de monitorar por satélite a extensão do desmatamento, quando descobriu que o desmatamento estava aumentando.”

A rede de TV CNN também associou a postura do presidente às queimadas. Bolsonaro “pode ter encorajado madeireiros, fazendeiros e garimpeiros a assumirem o controle de uma área crescente de terra amazônica”, diz a CNN.

O jornal de economia Financial Times também acusa Bolsonaro de ter facilitado o aumento do desmatamento da Amazônia.

O jornal francês Le Monde publicou uma reportagem cujo título diz que “a Amazônia paga pela política de Bolsonaro”.

Um outro texto publicado pelo jornal cita uma economista que diz que os incêndios são “uma praga sazonal ‘amplificada pelas posições de Jair Bolsonaro’. O presidente brasileiro, diz, colocou em prática ‘um sistema de enfraquecimento das instituições ambientais’ para aproveitar a região.

O site de jornalismo Vox usa um tom semelhante e diz que “a Floresta Amazônica está pegando fogo –e o consenso é que o líder populista de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, é o culpado”.

“A onda populista de direita é uma ameaça ao clima”. Segundo o Vox, “os incêndios na floresta amazônica revelam muito sobre esse movimento político”.

O jornal americano Los Angeles Times publicou uma reportagem da agência de notícias Associated Press citando a ONG Anistia Internacional, que também critica o governo.

“A Anistia Internacional diz que falhas do governo brasileiro são responsáveis por incêndios na floresta amazônica.”

Além da responsabilização direta do presidente, muitos dos veículos de imprensa estrangeira também criticaram a tentativa de responsabilizar ONGs pelas queimadas.

A revista The Economist, por exemplo, chamou de “ridículas” as acusações do presidente contra ONGs.

“Durante a estação seca da Amazônia, é comum os agricultores colocarem fogo ilegalmente para limpar a terra. O presidente populista do Brasil, Jair Bolsonaro, os encorajou enfraquecendo as agências que reforçam os regulamentos ambientais. Ele acredita que proteger a floresta impede o desenvolvimento econômico. Quando perguntado sobre os incêndios, ele respondeu ridiculamente acusando ONGs ambientais de colocarem fogo para afetar a imagem do seu governo em retaliação por seus cortes em seu financiamento.”

Ironia

A crítica ao governo brasileiro na mídia internacional também chega de forma irônica.

O site satírico de humor e notícias fantasiosas The Onion publicou um texto dizendo que “governo brasileiro equipa bombeiros com lança-chamas para combater a imensa floresta amazônica”. A sátira diz que o governo é contra a floresta, não contra os incêndios.

Em tom de piada, o Onion diz que Bolsonaro alegou que “o bioma massivo e catastrófico já havia se expandido para mais de 2,1 milhões de milhas quadradas do país e representava ameaças significativas para a população e economia do país”.

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Mídia internacional retrata Brasil ‘em chamas’ e critica governo Bolsonaro http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/08/22/midia-internacional-retrata-brasil-em-chamas-e-critica-governo-bolsonaro/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/08/22/midia-internacional-retrata-brasil-em-chamas-e-critica-governo-bolsonaro/#respond Thu, 22 Aug 2019 08:34:43 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=5745 A imagem internacional do Brasil está “em chamas”. A imprensa internacional vem dado muita atenção à onda de queimadas que vem atingindo áreas protegidas de florestas brasileiras, mostrando a destruição de partes da Amazônia e criticando a atuação do presidente Jair Bolsonaro.

A preocupação ambiental já é um dos principais temas sobre os quais o mundo tem falado ao analisar o Brasil. Desde a eleição de Bolsonaro, muitos analistas internacionais criticaram a postura do novo governo. A destruição da floresta tem afetado a imagem internacional do país e vira alvo de pressão do resto do mundo, ameaçando até mesmo a economia brasileira.

Nesta semana, a atenção global cresceu ainda mais. Foram publicadas centenas de reportagens e artigos falando sobre o aumento das queimadas e responsabilizando o governo pela redução das proteções da floresta.

Veja abaixo como alguns dos principais veículos da mídia estrangeira vem tratando os incêndios.

The New York Times

“Incêndios na Floresta Amazônica aumentaram neste ano”, diz o título de uma reportagem publicada pelo jornal americano The New York Times.

A publicação explica que a maioria dos incêndios “foram feitos por fazendeiros limpando suas terras”, e “estão devastando áreas desabitadas da floresta tropical e invadindo áreas povoadas no norte do país”.

The Guardian

O jornal britânico The Guardian destacou em seu título que o presidente acusou ONGs pelos incêndios apesar de não ter nenhuma evidência disso.

“Presidente brasileiro alega que grupos ambientalistas estão por trás de aumento em chamas, mas não oferece nada para apoiar sua afirmação”, diz.

Segundo o jornal, “uma onda de incêndios em vários estados da Amazônia neste mês seguiu relatos de que os agricultores estavam se sentindo encorajados a limpar a terra para plantações e fazendas de gado porque o novo governo brasileiro estava ansioso para abrir a região para a atividade econômica”.

Le Monde

O jornal francês Le Monde publicou duas reportagens sobre os incêndios. Uma relatando o aumento das chamas e outra falando sobre a repercussão do caso.

“No Brasil, os incêndios florestais aumentaram 83% desde o início de 2019 em relação ao ano anterior, devido à seca e desmatamento incentivados pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro”, diz o jornal.

“Os incêndios na Amazônia são causados principalmente por clareiras de derrubada e queimadas usadas para transformar áreas florestais em áreas de cultivo e pecuária, ou para limpar áreas já desmatadas, geralmente durante a estação seca que termina em dois meses.”

O jornal também destacou a campanha virtual #PrayForAmazonia e a divulgação de imagens mostrando a destruição da floresta.

A publicação alega que muitas das imagens postadas na internet não condizem com o contexto das atuais queimadas, e reúne algumas da fotografias mais recentes que ilustram de forma mais realista o que está acontecendo hoje.

The Wall Street Journal

O jornal de economia The Wall Street Journal, que costuma ter uma cobertura mais favorável ao governo Bolsonaro por conta da agenda de reformas econômicas, também destacou as queimadas: “Fogo destrói a Floresta Amazônica”, diz a reportagem publicada no site do jornal.

“Grandes incêndios, muitos deles causados por madeireiros, estão devastando a Amazônia em um ritmo não visto há anos, enviando nuvens de fumaça que escurecem as cidades brasileiras em um momento em que há uma pressão internacional contra as políticas ambientais do presidente Jair Bolsonaro”, diz.

CNN

Uma reportagem publicada pela rede de TV norte-americana CNN diz que os incêndios na Amazônia batem recordes.

“Os cientistas alertam que isso poderia causar um golpe devastador na luta contra as mudanças climáticas”, diz.

Segundo a CNN, a posição favorável a negócios de Bolsonaro “pode ter encorajado madeireiros, fazendeiros e garimpeiros a assumirem o controle de uma área crescente de terra amazônica”.

The Telegraph

O jornal britânico The Telegraph noticiou o aumento das queimadas e a troca de acusações entre o presidente contra ONGs ambientais. A reportagem destacou que a fiscalização ambiental foi reduzida desde que Bolsonaro assumiu o poder.

“Os cientistas dizem que as perdas aumentaram desde que Bolsonaro assumiu o cargo em janeiro, e o aumento do desmatamento no Brasil criou o apelido de ‘Capitão Motosserra’. Governos anteriores haviam reduzido o desmatamento através de ações de agências federais e multas, mas as condenações e confiscos de madeira caíram este ano.”

Rolling Stone

Até mesmo a revista de cultura Rolling Stone entrou na cobertura dos incêndios florestais.

“A Amazônia está pegando fogo, e o presidente de extrema-direita do Brasil pode ser o culpado”, diz o título do texto publicado pela revista.

“Apesar do que a Fox News e seu tio maluco podem lhe dizer, há uma preponderância de evidências científicas extremamente convincentes de que a mudança climática está acontecendo, que está acontecendo rápido e que pode muito bem ser irreversível. Mas se você estiver procurando por mais evidências de que esse é o caso, agora você pode adicionar ‘a Amazônia está em chamas’ à sua lista.”

Fox News

A rede de TV americana Fox News, que tem um viés mais conservador, publicou em seu site duas reportagens sobre os incêndios na Amazônia.

Uma delas destaca que imagens da NASA permitem ver do espaço a destruição. A outra noticiou que a cidade de São Paulo ficou escura por causa da combinação de fumaça de incêndios e questões climáticas.

“Bolsonaro tem sido criticado nas últimas semanas, depois que dados do Instituto de Pesquisa Espacial do Brasil indicam um aumento no desmatamento na Amazônia no último trimestre, maior do que no mesmo período dos três anos anteriores”, diz a Fox News.

The Washington Post

Segundo o jornal The Washington Post, áreas imensas do “pulmão do planeta” estão em chamas, o que pode afetar as mudanças climáticas no mundo. O jornal também ressalta que o caso intensifica a controvérsia em torno das políticas ambientais do governo Bolsonaro.

“Os recentes incêndios na Amazônia se espalharam e alguns ocorreram repentinamente. No estado do Pará, por exemplo, ocorreu um surto de incêndios na semana passada que foi ligado a uma convocação dos agricultores para um ‘dia de fogo’ em 10 de agosto, de acordo com reportagens locais. O INPE, usando sensores baseados em satélite e outros instrumentos para localizar incêndios e rastrear a quantidade de área queimada, registrou centenas de incêndios no estado à medida que os fazendeiros limpavam a terra para a agricultura e também queimavam áreas intactas da floresta tropical para desenvolvimento adicional. As florestas tropicais desmatadas nessa região são tipicamente usadas para criação de gado e cultivo de soja, e grande parte do desmatamento é feito ilegalmente.”

El País

“A Amazônia brasileira arde como nunca antes”, relata a reportagem sobre os incêndios no jornal espanhol El País.

A publicação ressalta que nos quase oito primeiros meses do ano houve quase 84% mais incêndios do que no mesmo período de 2018.

Clarín

O jornal argentino publicou uma reportagem explicando em cinco pontos os motivos para a “importância global” da Amazônia.

A publicação chama a floresta de “tesouro ecológico” e diz que ela está cada vez mais ameaçada por incêndios.

Público

O jornal português Público publicou mais de uma reportagem sobre os incêndios. Em uma delas, diz que “A Amazônia está a arder — e já se vê do espaço”.

Entre as notícias mais populares do jornal, aparecia também uma reportagem sobre a acusação do presidente contra ONGs.

“O Presidente brasileiro não apresentou provas. E, quando questionado sobre a propagação de incêndios descontrolados, disse que é a época das queimadas”, diz.

O jornal também reuniu uma série de ilustrações sobre a destruição dos “pulmões do planeta”.

Financial Times

Em um artigo de opinião, o jornal de economia Financial Times diz que o aumento do desmatamento da Amazônia é o problema mais urgente do mundo e indica que acordos comerciais podem ajudar a criar pressão para salvar a floresta.

O economista Bard Harstad assina o texto e diz que a negociação entre a União Europeia e o Mercosul pode servir para condicionar o acordo a garantias de práticas sustentáveis.

O texto acusa ainda Bolsonaro de ter facilitado o aumento do desmatamento.

La Repubblica

Segundo o jornal italiano La Repubblica, o recorde de incêndios na Amazônia é “culpa de Bolsonaro”.

“Um ano dramático para o pulmão verde do mundo: a Floresta Amazônica. Os incêndios deste ano superaram em muito os do passado. Isso foi denunciado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (INPE), cujo líder foi torpedeado pelo presidente Bolsonaro porque os dados que ele coletou, de acordo com o líder, são falsos.”

Süddeutsche Zeitung

Os incêndios florestais apareceram com destaque também na imprensa alemã.

Süddeutsche Zeitung noticiou o crescimento de áreas destruídas pelo fogo e associou a situação à atuação do governo brasileiro.

“O desmatamento da floresta tropical brasileira disparou desde a inauguração de Jair Bolsonaro”, diz.

Segundo o jornal, o presidente, desde que assumiu o cargo, deixou claro que seu governo está do lado de mineradoras, agronegócios e fazendeiros, que buscam tirar lucro da floresta “com motosserras, tratores e mesmo com fogo, se necessário”.

NBC

A rede de TV americana NBC publicou em seu site um artigo escrito pelo pesquisador Bill McKibben. O texto responsabiliza diretamente Bolsonaro pelas queimadas na floresta.

“Não é sempre que você pode identificar uma pessoa como a culpada por algo nessa escala, mas a escuridão do meio do dia [em São Paulo] é o resultado direto da eleição de Jair Bolsonaro para a presidência do país no ano passado. Bolsonaro, que disse às pessoas, supostamente ironicamente, chamá-lo de “Capitão Motosserra”, fez campanha com base na teoria de que o desenvolvimento econômico de seu país havia sido limitado pela afeição do mundo pela Amazônia, e deixou claro que quem quisesse cortá-la tinha pouco a temer de sua administração. Ele até demitiu o chefe da agência federal encarregada de monitorar por satélite a extensão do desmatamento, quando descobriu que o desmatamento estava aumentando.”

The Economist

Em sua edição desta semana, a revista The Economist, que recentemente destacou a destruição da Amazônia em sua capa, trata dos efeitos das queimadas sentidos em São Paulo durante a semana.

A revista voltou a criticar a atuação do governo em relação à floresta e chamou de ridículas as acusações do presidente contra ONGs

“Durante a estação seca da Amazônia, é comum os agricultores colocarem fogo ilegalmente para limpar a terra. O presidente populista do Brasil, Jair Bolsonaro, os encorajou enfraquecendo as agências que reforçam os regulamentos ambientais. Ele acredita que proteger a floresta impede o desenvolvimento econômico. Quando perguntado sobre os incêndios, ele respondeu ridiculamente acusando ONGs ambientais de colocarem fogo para afetar a imagem do seu governo em retaliação por seus cortes em seu financiamento.”

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Manifestações pela educação têm cobertura reduzida na imprensa estrangeira http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/31/manifestacoes-pela-educacao-tem-cobertura-reduzida-na-imprensa-estrangeira/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/31/manifestacoes-pela-educacao-tem-cobertura-reduzida-na-imprensa-estrangeira/#respond Fri, 31 May 2019 09:43:46 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=5553

“Dezenas de milhares de estudantes, acadêmicos e professores foram às ruas do Brasil no mais recente protesto em massa contra o que eles chamam de ataque do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro à educação”, diz uma reportagem do jornal britânico The Guardian sobre as manifestações da quinta-feira (30) em todo o país. Além do texto sobre os protestos, o Guardian também publicou uma galeria de fotos de multidões nas ruas brasileiras

Apesar do grande destaque dado pelo Guardian, a atenção do resto do mundo pareceu reduzida. Duas semanas depois de a primeira onda de protestos nacionais pela educação ter grande destaque internacional e alguns dias após as manifestações a favor do presidente também chamarem atenção no resto do mundo, gerando análises sobre seus impactos políticos, os atos desta semana tiveram uma cobertura bem mais limitada na imprensa estrangeira.

Entre as mais importantes publicações internacionais, o Guardian foi um dos veículos que deu mais atenção aos protestos. A rede Al Jazeera publicou um relato sobre as manifestações logo no início da tarde da quinta-feira. Alguns jornais da América Latina, como o Clarín, também descreveram os protestos, tratados como um “desafio para Bolsonaro”.

Mas a maioria das outras publicações importantes no resto do mundo usaram apenas textos curtos de agências de notícias sobre os atos. De forma geral, foi uma cobertura visivelmente bem menor do que a do dia 15, quando os protestos chamaram muito a atenção global.

Mesmo com uma cobertura reduzida das manifestações contra cortes na educação, isso não indica necessariamente uma redução de interesse de forma geral, ou uma limitação da cobertura crítica ao governo.

O fato de ter sido um protesto em si menor do que o registrado nacionalmente no dia 15 de maio pode ajudar a explicar a redução da atenção externa. Nos primeiros atos, a reação de Bolsonaro atacando os manifestantes ajudou a chamar a atenção e dar ainda mais visibilidade aos protestos.

Além disso, a sucessão de manifestações (contra ou favor) também pode ser uma justificativa para a cobertura reduzida, já que a repetição reduz a força da notícia e o interesse que ela pode gerar.

Outro ponto importante é que as manifestações dividiram a atenção internacional com o anúncio de queda no PIB do país, que também teve cobertura crítica na imprensa estrangeira. A economia é um dos pontos centrais de análise externa sobre o país, e há grande preocupação com as dificuldades de recuperação financeira do Brasil.

Além de protestos e da economia, noticiário sobre o Brasil tem sido foco de grande atenção internacional desde a eleição de Bolsonaro, e a imprensa estrangeira tem feito análises muito críticas sobre o novo governo, destacando a perda de popularidade do presidente e as dificuldades encontradas por ele desde que chegou ao poder.

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Atirador de Campinas mostra ao mundo um tipo de violência novo no Brasil http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/12/atirador-de-campinas-mostra-ao-mundo-um-tipo-de-violencia-novo-no-brasil/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/12/atirador-de-campinas-mostra-ao-mundo-um-tipo-de-violencia-novo-no-brasil/#respond Wed, 12 Dec 2018 10:21:13 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=5051 A violência é um dos estereótipos negativos mais fortes relacionados à imagem internacional do Brasil, mas o caso do atirador que matou quatro pessoas e feriu outras quatro a tiros dentro de uma igreja em Campinas mostrou ao mundo um tipo de violência diferente para o país, relacionado a atentados.

O ataque em Campinas teve destaque nos principais veículos da imprensa internacional. O caso foi tratado como algo relativamente raro para o Brasil, mas reforça no exterior a ideia de que o país é recordista mundial em número de homicídios — e evidencia a percepção de falência da segurança no país.

“O Brasil teve quase 64 mil assassinatos no ano passado –mais do que qualquer outro país, segundo as Nações Unidas. No entanto, Ataques em massa aleatórios são relativamente raros”, explica a reportagem publicada no tabloide britânico Daily Mail.

As notícias sobre violência costumam enfocar o alto índice de homicídios, ou casos de assaltos, roubos e mortes, ou a violência policial. Durante a campanha eleitoral também foi dado muito destaque ao aumento da violência política no Brasil.

Em muitas análises externas, comenta-se sobre a dificuldade do Brasil de combater a violência. Além disso, segundo especialistas, a rotina de violações de direitos humanos pesam e formam uma mancha na imagem do Brasil e afetam a avaliação da qualidade da democracia no país.

Mas atentados assim costumam ser mais associados a países como os Estados Unidos, sem relação com o Brasil. O ataque de Campinas mostra este lado diferente, novo, da violência no Brasil.

Nas reportagens publicadas em inglês, o título quase sempre traz a palavra “gunman”, atirador, que não costuma ser usada com muita frequência ao descrever violência no Brasil.

“Enquanto o Brasil lidera o mundo em homicídios anuais totais, os tiroteios em massa são relativamente raros”, diz o texto de uma agência internacional de notícia, repetido em dezenas de veículos estrangeiros.

A imprensa internacional deu bastante destaque às imagens relacionadas ao ataque, reproduzindo vídeos e fotos do ataque. Tratado como caso raro, ele é chamado de exceção, mas a grande visibilidade dada à notícia serve para reforçar a percepção externa de falta de segurança no Brasil, alimentando ainda mais o estereótipo da violência.

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Estudo revela postura crítica da mídia internacional a impeachment de Dilma http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/22/estudo-revela-postura-critica-da-midia-internacional-a-impeachment-de-dilma/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/22/estudo-revela-postura-critica-da-midia-internacional-a-impeachment-de-dilma/#respond Thu, 22 Nov 2018 21:02:49 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4999

A imprensa internacional adotou um tom mais crítico sobre o impeachment de Dilma Rousseff, e cético em relação ao sistema político do país, do que a mídia brasileira. O que já se percebia de forma clara durante o processo que derrubou a presidente petista foi comprovado agora por um estudo publicado pela revista acadêmica “Journalism Practice”, comparando a abordagem nacional e a estrangeira sobre o processo.

Segundo a pesquisa, a imprensa brasileira atuou para afirmar a legitimidade do processo de impeachment, enquanto os jornais internacionais foram mais céticos, chamando a atenção para aspectos ocultos que levaram à cassação da presidente.

“Se os jornais brasileiros estavam preocupados em construir a legitimidade do processo, refutando a tese do golpe e apostando na constitucionalidade do assunto, jornais estrangeiros estavam céticos, chamando a atenção para aspectos não ventilados pela imprensa nacional. Nenhum dos jornais estrangeiros analisados considerou que a queda de Dilma foi motivada pelos atos de que ela foi acusada, que por sua vez não carregam peso suficiente para gerar uma punição tão grande”, diz o trabalho.

No total, pesquisa avaliou textos editoriais publicados por oito jornais brasileiros e estrangeiros. Foram analisadas as publicações de opinião de “O Estado de São Paulo”, “Folha de S. Paulo”, “O Globo”, “Público” (de Portugal), “El País” (da Espanha), “Le Monde” (da França), “The Guardian” (do Reino Unido” e “The New York Times” (Dos EUA).

“É possível identificar tendências gerais de posicionamento dos jornais analisados, com diferenças marcantes entre o Brasil e países estrangeiros”, diz. Segundo o estudo, os editoriais de jornais brasileiros demonstraram “uma preocupação constante em afirmar a legitimidade do processo”, com ênfase no ritual constitucional e constante refutação da tese de golpe reivindicada pela ex-presidente.

“Para desconstruir a ideia de que o país estava à beira de um colapso institucional, os jornais insistiram na ideia de que Dilma estava se colocando em posição de vítima, quando, na verdade, ‘ela levou o país ao fundo do poço’”, como escreveu o editorialista do “Estado de S. Paulo”.

Nos jornais internacionais, entretanto, o tom foi outro. “‘Le Monde’ chamou de ‘farsa’, um ‘jogo político de moralidade duvidosa e zero de inspiração democrática’, e enfatizou que tal processo teria pouco chance de acontecer em uma ‘democracia mais madura’. ‘The Guardian’ ressaltou a injustiça perpetrada, e o ‘New York Times’ apelou ao respeito pelas instituições democráticas. ‘El País’ foi o único a usar, literalmente, o termo ‘golpe’, se referindo a um ‘golpe baixo no brasil’”

Segundo a pesquisa, a mídia estrangeira destacou, em sua análise, elementos desconsiderados pelos editoriais nacionais. “Um deles foi o nível moral dos juízes de Dilma, muitos dos quais foram acusados de corrupção, enquanto ela mesma nunca havia sido investigada, como apontado por ‘El País’, ‘The Guardian’ e ‘The New York Times’”, diz.

Publicado com o título “Framing of a Brazilian Crisis: Dilma Rousseff’s Impeachment in National and International Editorials”, o estudo foi realizado pelos pesquisadores Liziane Guazina, da Universidade de Brasilia, Hélder Prior, da Universidade de Beira Interior (Portugal) e Bruno Araújo, da Universidade Federal do Mato Grosso.

Apesar de ter uma análise respeitável, a pesquisa acabou deixando de fora outros posicionamentos importantes na mídia internacional a respeito do impeachment de Dilma. Mesmo que não haja evidência para negar a tese do estudo, seria interessante apontar que muitos dos veículos internacionais que criticaram o impeachment publicaram antes textos defendendo a renúncia da ex-presidente.

Este foi o caso do “Monde” e do “Guardian”, que criticaram o processo, mas antes apoiaram a saída da presidente. O mesmo jornal francês que chamou o impeachment de “farsa” publicou um outro polêmico editorial negando que se pudesse chamar o impeachment de golpe de Estado.

O estudo também desconsiderou a revista “The Economist”, por exemplo, que não chegou a defender o impeachment, e chamou o processo de “jeitinho” na Constituição, mas que cobrou a renúncia de Dilma e a chamou de “inapta”. Outro importante jornal americano, o “Washington Post” chamou o impeachment de “necessário”. Deixou de citar ainda o “Wall Street Journal”, que teve um tom parecido com o de jornais brasileiros, defendendo a legitimidade do impeachment.

Nada disso nega que o tom geral da mídia estrangeira de fato tenha sido mais crítico e mais cético em relação ao impeachment, e talvez até reforce a tese de que a imprensa internacional adotou uma postura com mais nuances, indicando problemas no processo como um todo, mesmo que isso não deva ser interpretado como uma defesa da ex-presidente.

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Editor de revista americana avalia crítica a Bolsonaro na mídia estrangeira http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/13/editor-de-revista-americana-avalia-critica-a-bolsonaro-na-midia-estrangeira/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/11/13/editor-de-revista-americana-avalia-critica-a-bolsonaro-na-midia-estrangeira/#respond Tue, 13 Nov 2018 11:23:06 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4962

O editor da revista “Americas Quarterly”, Brian Winter

Em um artigo publicado na Folha, o editor da revista “Americas Quarterly”, Brian Winter, tentou explicar por que a mídia internacional adotou uma postura tão crítica ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro.

Desde antes da eleição, o posicionamento de analistas estrangeiros na imprensa internacional tem sido extremamente crítico a Bolsonaro. O ponto de vista externo é de que sua eleição representa uma ameaça à democracia brasileira, ao ambiente global e ao posicionamento internacional no país.

Winter reconhece que o tom adotado pela imprensa estrangeira em relação a Bolsonaro foi muito negativo desde a campanha, e alega que a explicação é complexa, passando pela observação objetiva do que acontece no país, a análise sob uma perspectiva internacional, a tendência ideológica de jornalistas, conhecimento sobre a realidade do país, a maior liberdade do que a imprensa local, e as próprias declarações e posicionamentos do presidente eleito.

Leia o artigo completo na Folha

O editor explica que estudos mostram que muitos jornalistas em todo o mundo têm uma postura mais à esquerda do que a população em geral, mas nega essa seja a principal origem da postura crítica.

“Creio que a maior parte de nossas críticas a Bolsonaro tenham origem não na parcialidade mas sim na parte mais importante do trabalho de um jornalista: a observação.”

“Quando escrevo que a presidência de Bolsonaro pode prejudicar as instituições democráticas ou resultar na morte de mais pessoas inocentes, creio que eu esteja refletindo com precisão suas palavras e ideias, como deve um jornalista.”

Winter rejeita ainda uma acusação frequente no Brasil, de que os correspondetes estrangeiros não conhecem o país, e explica que há uma geração de excelentes jornalistas de outros países cobrindo o Brasil seriamente atualmente.

“O que nos diferencia da mídia brasileira em nossa cobertura de Bolsonaro? Bem, observamos sua ascensão em um contexto mais internacional. Os 10 últimos anos viram o que Larry Diamond, cientista política da Universidade Stanford, define como uma “recessão democrática”, com deterioração de instituições e direitos na Polônia, Turquia, Indonésia, Venezuela e muitos outros países. As declarações de Bolsonaro sobre fechar o Congresso ou fazer uma limpeza nunca vista na história dos esquerdistas do Brasil parecem se enquadrar a essa tendência mundial. Jornalistas americanos como eu também tendem a ver ecos de Donald Trump — que Bolsonaro admira abertamente e a quem ele imitou.”

Segundo Winter, a imprensa internacional também não sofre pressões políticas e econômicas no Brasil para ter um posicionamento menos crítico ao governo. “Talvez tenhamos mais liberdade do que alguns de nossos colegas locais. Nas últimas semanas, ouvi queixas diretas de diversos jornalistas brasileiros que afirmam que seus patrões já os estão desencorajando de cobrir Bolsonaro de modo crítico, seja por motivos financeiros, seja por motivos ideológicos.”

Por último, o editor americano ressalta que os ataques de eleitores de Bolsonaro à imprensa estrangeira podem ter origem no desejo de silenciar a observação critica.

“Suspeito que boa parte das críticas à imprensa estrangeira vem do desejo de que calemos a boca, vistamos a camisa do time vitorioso e escrevamos apenas coisas positivas sobre o novo governo. Mas não é isso que os verdadeiros jornalistas —de qualquer nacionalidade— fazem. Como disse Katherine Graham, que foi publisher do jornal ‘The Washington Post’ na era de Watergate, ‘notícia é aquilo que alguém deseja suprimir. O resto é só publicidade’.”

Winter é um dos principais nomes da imprensa internacional a analisar a situação política do Brasil nos últimos anos. Em entrevista ao blog Brasilianismo, em 2016, ele já previa que o país vivia um cenário parecido com o que levou à eleição de Donald Trump nos EUA.

Vice-presidente da Americas Society/Council of the Americas, Winter foi correspondente internacional no Brasil, no México e na Argentina por dez anos e escreveu livros como “Why Soccer Matters” (Por que o futebol importa), escrito com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “No Lost Causes” (Sem causas perdidas), com o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe e “Long After Midnight” (Muito depois da meia noite). Ele desponta atualmente como uma das principais vozes nos Estados Unidos a analisar e comentar o que acontece no Brasil e na América Latina.

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Às vésperas da eleição, opinião internacional se consolida contra Bolsonaro http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/25/as-vesperas-da-eleicao-opiniao-internacional-se-consolida-contra-bolsonaro/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/25/as-vesperas-da-eleicao-opiniao-internacional-se-consolida-contra-bolsonaro/#respond Thu, 25 Oct 2018 13:17:44 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4904

A liderança de Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência do Brasil criou um forte movimento crítico na imprensa internacional –e também de acadêmicos, brasilianistas, intelectuais, políticos e artistas. Enquanto as sondagens apontam que os brasileiros tendem a eleger o candidato do PSL, e o mercado financeiro global indica gostar da decisãoa opinião no resto do mundo parece considerar problemática esta escolha.

Desde antes mesmo do primeiro turno, têm sido muito frequentes as análises e comentários que rejeitam com diferentes ênfases e níveis de preocupação o posicionamento político dele, e que apontam para problemas em sua carreira, suas propostas e para o futuro do país sob um eventual governo do candidato –com raríssimas exceções.

Há tempos a mídia estrangeira acompanha atenta e com olhar analítico a política brasileira. O governo de Dilma Rousseff foi foco de grandes debates, os protestos de junho de 2013 se tornaram temas de pesquisas acadêmicas internacionais e o impeachment mobilizou opiniões contrárias e a favor da saída da presidente, bem como gerou debate sobre o uso do termo “golpe”, sem nunca haver um consenso.

Na situação da eleição presidencial, parece não haver divergência, e o posicionamento crítico ao candidato que lidera as pesquisas é quase unânime. Em quase todas as mais relevantes publicações do mundo, como o “New York Times”, o “Guardian”, a “Economist”, o “Monde”, o “El País”, o posicionamento é contra Bolsonaro –em todos os veículos internacionais monitorados por este blog Brasilianismo, praticamente apenas o “Wall Street Journal” publicou texto minimizando os riscos da eleição de Bolsonaro, e a revista conservadora “Washington Examiner” disse que ele era opção menos ruim do que seu opositor.

Mesmo sem defender Fernando Haddad ou o PT (que também são alvo de críticas na cobertura internacional) o ponto principal de quase tudo o que se lê no exterior é que Bolsonaro é uma aposta equivocada do país, uma escolha triste, como argumentou um editorial do “New York Times”.

Com a proximidade das eleições, parte do debate se dá em torno da melhor forma de entender e descrever o fenômeno liderado pelo candidato do PSL, e alguns especialistas avaliam possíveis impactos da vitória de Bolsonaro para a relação do país com o mundo e a forma como o país é visto no exterior. De forma geral, a opinião encontrada na mídia internacional se consolidou contra a possível eleição dele.

Segundo o jornal “Financial Times”, Bolsonaro representa uma “bola de demolição” na política brasileira (o mesmo jornal já o chamou de “granada humana”), visto como ameaça por opositores. Segundo a publicação, o apoio ao candidato do PSL pode ser entendido como uma reação à crise econômica e ao aumento da violência no país.

A agência de notícias Associated Press, por outro lado, publicou uma análise discutindo os termos usados para descrever Bolsonaro, avaliando se ele poderia ser chamado de “fascista”, “populista” ou “extrema direita”.

“Enquanto as eleições de domingo se aproximam, o deputado de sete mandatos é o foco de um debate feroz no Brasil e além sobre como descrever um candidato cuja mistura eclética de políticas e linguagem grosseira emociona os partidários e aterroriza os detratores. A ascensão de Bolsonaro se assemelha à de outros políticos em todo o mundo que costumam empregar retórica semelhante, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, e vários líderes em toda a Europa”, diz.

Segundo uma análise publicada na agência Reuters, Bolsonaro pode ser uma tragédia para o Brasil — termo parecido com o “desastroso” usado pela revista “The Economist” semanas antes do primeiro turno da eleição.

“Em vez de tornar o Brasil grande de novo, Bolsonaro pode acabar governando um país que se tornará uma tragédia autoritária e ambiental que não respeita os direitos humanos.”

O artigo é uma das mais fortes críticas internacionais recentes ao candidato:”Os brasileiros gostam dos planos radicais de Bolsonaro para lidar com a escalada da criminalidade e da violência, que incluem o afrouxamento do controle de armas, a impunidade policial para atirar em criminosos e castração química de estupradores. Eles admiram o discurso anti-corrupção de um dos poucos políticos no Brasil que não foi contaminado por escândalos. Mas enquanto suas promessas de fazer o Brasil uma grande nação ganham apoio, poucos consideraram como o seu provável mandato pode derrubar a visão do mundo sobre o Brasil.”

Um dos argumentos centrais do texto assinado pelo correspondente Dom Phillips, é que há uma falta de conexão entre o que os eleitores de Bolsonaro esperam dele e o que ele de fato pretende fazer no governo.

“Os defensores acreditam que Bolsonaro entregará o tão aguardado ‘país do futuro’. Em vez disso, como ele mesmo disse, ele quer levá-lo de volta ao passado”, diz.

Um dos pontos centrais em que isso acontece, segundo Phillips, é na questão ambiental. O artigo argumenta que Bolsonaro pretende reduzir as áreas de proteção na Amazônia, e diz que isso pode ter impactos na forma como o Brasil é visto no mundo, e como o mundo lida com o país.

“Certamente haverá uma reação internacional quando seus aliados do agronegócio começarem a derrubar a Amazônia. Os consumidores podem parar de comprar carne bovina brasileira –uma das principais exportações do país. Estrelas pop preocupados com a possibilidade de alienar fãs internacionais podem recusar oportunidades lucrativas de se apresentar para brasileiros ricos”, diz.

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Para mídia estrangeira, decisão do STF vai aumentar polarização no Brasil http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/04/para-midia-estrangeira-decisao-do-stf-vai-aumentar-polarizacao-no-brasil/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/04/04/para-midia-estrangeira-decisao-do-stf-vai-aumentar-polarizacao-no-brasil/#respond Wed, 04 Apr 2018 08:08:28 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4395

Em um ambiente de tensão no país, a decisão sobre o futuro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal tem o potencial de aumentar ainda mais a amarga polarização que já domina a política brasileira. Na avaliação de jornais internacionais, a divisão do país deve crescer independentemente do resultado do julgamento.

“Se lula for preso, seus apoiadores vão reclamar de perseguição política; se ele não for preso, seus opositores vão alegar corrupção”, diz reportagem do jornal britânico “The Guardian”.

O jornal explica que o destino do ex-presidente vai ser decidido enquanto o Supremo se prepara para proferir uma decisão que poderia levá-lo a ser preso antes das eleições de outubro, nas quais ele é atualmente o favorito.

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em segunda instância. O STF retoma na tarde desta quarta (4) a análise do habeas corpus preventivo pedido pela defesa do ex-presidente Lula para evitar sua prisão.

“Apesar dos seus problemas com a Justiça, Lula continua sendo um político popular”, diz, diz uma reportagem publicada pela rede alemão Deutsche Welle em seu site em inglês.

A “DW” relata sobre protestos a respeito do julgamento, contra e a favor de Lula, e destaca a mensagem “enigmática” e rara do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que disse repudiar “a impunidade”.

Segundo a rede de TV venezuelana Telesur, ligada o governo e tradicionalmente favorável ao ex-presidente, a declaração de Villas Bôas é uma ameaça de golpe de Estado, caso Lula não seja preso.

A decisão do STF ganhou destaque também no jornal francês “Le Monde”, que avalia a importância do posicionamento de Rosa Weber no julgamento desta quarta (4).

A publicação ressalta que o julgamento não vai ser relevante apenas para Lula, mas terá consequência para milhares de outros condenados por corrupção.

“O passado e o presente do Brasil pesarão sobre os ombros da magistrada. Sua decisão pode ter consequências para os milhares de políticos com problemas com a Justiça e para o futuro da operação “Lava Jato” no combate à corrupção: conceder habeas corpus a Lula significaria invalidar uma lei de 2016 que decreta a execução de sentenças de prisão após o julgamento em segunda instância e antes do esgotamento de todos os recursos”, explica.

O “Guardian” indica ainda que mesmo que o STF decida contra Lula, isso pode não significar o fim da disputa jurídica em torno do ex-presidente. O jornal aponta ainda à situação de outros casos de políticos presos no país para avaliar o futuro do ex-presidente.

“Se for preso, é improvável que Lula, agora com 72 anos, cumpra uma sentença longa”, diz, aludindo à recente decisão que favoreceu Paulo Maluf com direito a prisão domiciliar.

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Economia puxou melhora da imagem do Brasil na imprensa estrangeira em 2017 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/26/economia-puxou-melhora-da-imagem-do-brasil-na-imprensa-estrangeira-em-2017/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/26/economia-puxou-melhora-da-imagem-do-brasil-na-imprensa-estrangeira-em-2017/#respond Mon, 26 Mar 2018 19:34:28 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4374

Gráfico do estudo I See Brazil mostra redução de reportagens com tom negativo sobre o país

O ano de 2017 chegou ao final registrando um dos piores momentos da imagem do Brasil, com rebaixamentos em quase todos os rankings internacionais de reputação de países. Um levantamento recém-divulgado revela, entretanto, que o tom da cobertura da imprensa estrangeira sobre o Brasil começou a melhorar no ano passado, e que a proporção de notícias de teor negativo começou a cair.

“A imagem do Brasil na imprensa internacional apresentou uma leve reação positiva em 2017”, diz o relatório do estudo mais recente I See Brazil (IC Brazil), da consultoria de comunicação Imagem Corporativa. O trabalho fala em “ligeira melhora” e indica que a reação da economia após a dura recessão empurra a mudança de percepção externa do país.

Leia também: Por que a mídia internacional chama atenção no Brasil e por que ela importa

O estudo das menções ao Brasil em jornais estrangeiros ao longo de 2017 indica que 77% das notícias sobre o país tinham tom negativo. Apesar de ainda serem mais de três quartos dos textos publicados em alguns dos principais jornais do mundo, é uma melhora em comparação com os 81% de cobertura negativa registrados no ano anterior.

Avaliação da imagem do Brasil na imprensa estrangeira no segundo semestre de 2017

A avaliação foi realizada com base na análise de 13 publicações internacionais. O levantamento registrou 1.608 notícias sobre o país ao longo do ano.

Segundo o estudo, a mudança no tom se deu acompanhada de uma mudança dos temas brasileiros que apareceram nos jornais internacionais. Enquanto a política dominou o noticiário estrangeiro sobre o Brasil em 2016 (ano do impeachment de Dilma Rousseff), a economia em recuperação ampliou sua participação na cobertura internacional (que ainda assim continua dando muita atenção à política do país).

“Em 2016, a maior parte das matérias referia-se à política (47,4%), seguida da economia (29,3%) e de temas socioambientais (23,3%). No ano passado, os temas políticos baixaram sua participação na cobertura sobre o país para 42,8%, enquanto a economia subiu para 41% dos temas noticiados e os assuntos socioambientais baixaram para 16,2% do total.”

A melhora do tom da cobertura também apareceu especialmente no segundo semestre, quando a proporção de notícias com tom positivo chegou a atingir 32,6%, o melhor nível em três anos. No primeiro semestre, a avaliação ainda era de que 80% das notícias sobre o Brasil no resto do mundo tinham tom negativo.

“Os sinais de recuperação econômica apresentados no primeiro semestre de 2017 ficaram mais fortes na segunda metade do ano e isso refletiu em um aumento da cobertura positiva do Brasil. Com o retorno dos IPOs, como os de BR Distribuidora, Azul e Carrefour, e o crescimento das operações de fusões e aquisições (como a aquisição da Vigor pela empresa mexicana de laticínios Lala), a imprensa estrangeira começa a ser mais otimista em relação à retomada econômica do Brasil”, diz o relatório.

O I See Brazil é produzido com a finalidade de mostrar como está a imagem do Brasil em outros países, reunindo e analisando referências à política, à economia e aos assuntos socioambientais e diferentes aspectos ligados a esses três pilares.

O estudo avalia o que sai sobre o Brasil em 13 publicações internacionais: o italiano “Corriere Della Sera”, a revista alemã “Der Spiegel”, o indiano “Economic Times of India”, o jornal espanhol “El País”, o jornal de economia “Financial Times”, o argentino “La Nación”, o francês “Le Monde”, o chinês “South China Morning Post”, a revista britânica “The Economist”, o japonês “Japan Times”, os americanos “The New York Times” e “The Wall Street Journal” e o canadense “The Toronto Star”. Além disso, analisa relatórios de agências de risco e economia e comentários de especialistas estrangeiros.

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