Al Jazeera – Brasilianismo http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br Daniel Buarque é jornalista e escritor com mestrado sobre a imagem internacional do país pelo Brazil Institute do King's College de Londres. Fri, 31 Jan 2020 12:20:22 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Aprovação da reforma gera otimismo sobre o Brasil, diz imprensa estrangeira http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/11/aprovacao-da-reforma-gera-otimismo-sobre-o-brasil-diz-imprensa-estrangeira/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/07/11/aprovacao-da-reforma-gera-otimismo-sobre-o-brasil-diz-imprensa-estrangeira/#respond Thu, 11 Jul 2019 14:01:54 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=5632

A aprovação em primeiro turno do texto principal da reforma da Previdência na Câmara foi recebida com entusiasmo pela imprensa internacional –especialmente pelos veículos voltados à economia e a investidores estrangeiros. Segundo as primeiras análises publicadas no exterior, a reforma aumenta o otimismo em relação ao Brasil.

“O tão esperado projeto de lei de reforma previdenciária do Brasil passou um obstáculo crucial na noite de quarta-feira”, relata o jornal Financial Times. “Anos em planejamento, a reforma é vista como essencial para restaurar a confiança na economia brasileira, que enfrenta a perspectiva de um retorno à recessão no segundo trimestre.”

Segundo a publicação, a aprovação elevou otimismo de investidores internacionais com a economia brasileira –por conta da economia que representa mas também pela perspectiva de outras reformas no futuro.

“Os investidores viram o projeto como um teste para saber se o governo do presidente Jair Bolsonaro será capaz de aprovar sua agenda econômica mais ampla de desregulamentação e privatização”, explica.

A avaliação é semelhante à feita em maio pelo economista Edmund Amann, brasilianista e professor da universidade de Leiden, na Holanda, em entrevista ao blog Brasilianismo.

Na ocasião, Amann argumentou que a reforma era interpretada no resto do mundo como um teste para saber se o governo Bolsonaro tem viabilidade e se pode ser levado a sério.

“Fora do Brasil há um grau de incerteza em torno do governo de Bolsonaro em termos de tentar saber se ele vai ser capaz de resolver os problemas do país. Se ele conseguir algum progresso nesta reforma, vai parecer que ele foi bem-sucedido inicialmente, e vai ser levado a sério. As pessoas querem saber se o governo é capaz de atingir resultados positivos, se tem uma relação produtiva com o Congresso, se vai conseguir empurrar o país na direção certa. O governo vai ser mais respeitado e levado a sério, caso consiga aprovar a reforma”, explicou Amann em maio deste ano.

Segundo a agência de economia Bloomberg, a aprovação da reforma na Câmara vai dar um grande impulso à economia brasileira.

“Em meio à preocupação em torno da economia do Brasil –o encolhimento das previsões de crescimento, o desemprego de dois dígitos e o aumento da dívida pública– o voto de quarta-feira na Câmara para reformar o sistema previdenciário representa um avanço significativo”, diz a reportagem.

Um outro texto da agência, publicado também pelo jornal Washington Post, ressaltou que o futuro do Brasil depende dessa reforma da Previdência.

“Maior economia da América Latina, o Brasil está em uma encruzilhada. Consertar suas finanças públicas poderia abrir as portas para um ciclo virtuoso de expansão. Se isso falhar, corre o risco de cair mais fundo nas avaliações das agências de crédito e no crescimento abaixo da média. Muito depende do dispendioso sistema previdenciário do país”, explica.

Sem o mesmo foco na economia, a rede árabe Al Jazeera publicou uma reportagem em inglês tratando a aprovação da reforma na Câmara como uma grande vitória do governo de Bolsonaro.

A reportagem também indicou que nem todos no país estão felizes com a reforma. “Manifestantes em várias grandes cidades brasileiras disseram que as reformas propostas prejudicam as classes trabalhadoras”, diz.

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Para mídia estrangeira, vazamento mostra ação contra volta de Lula ao poder http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/10/para-midia-estrangeira-vazamento-mostra-acao-contra-volta-de-lula-ao-poder/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/06/10/para-midia-estrangeira-vazamento-mostra-acao-contra-volta-de-lula-ao-poder/#respond Mon, 10 Jun 2019 13:29:59 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=5574

A revelação de mensagens que mostram que o ex-juiz federal, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, orientou as investigações da operação Lava Jato em Curitiba começou a ganhar repercussão internacional no início da manhã desta segunda-feira (10).

Além da publicação da reportagem original em inglês pelo próprio site Intercept (ele mesmo parte da imprensa internacional e responsável pela revelação), outras publicações como o jornal americano The Washington Post, a agência de economia Bloomberg, o jornal francês Le Monde e a rede árabe Al Jazeera já publicaram textos sobre o caso.

O destaque inicial dado pela maioria das publicações estrangeiras é de que os vazamentos mostram uma ação organizada para barrar qualquer tentativa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de voltar ao poder.

Segundo o próprio título da reportagem da Al Jazeera, Lula foi condenado para não poder concorrer à Presidência. “O ministro da Justiça do Brasil e promotores públicos colaboraram para condenar o esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva por acusações de corrupção para impedi-lo de disputar a eleição de 2018”, diz.

O jornal Le Monde também questiona o uso da Lava Jato contra o ex-presidente e diz que o vazamento mostra problemas na investigação contra a corrupção. “E se o maior escândalo de corrupção na história do país tivesse sido manipulado? Com base em vazamentos potencialmente explosivos, o site norte-americano The Intercept revelou informações indicando que os responsáveis pela investigação contra a corrupção Lava Jato no Brasil manobraram para impedir o retorno do ex-presidente de esquerda Lula ao poder em 2018”, diz o Monde.

O Washington Post também publicou um relato sobre o caso e destacou que Moro lamentou o vazamento das informações.

Em uma primeira análise sobre possíveis impactos dos vazamentos, a agência de economia Bloomberg avalia que “as revelações aconteceram em um momento delicado para o presidente [Jair Bolsonaro], que está tentando reunir apoio político para aprovar uma revisão controversa do sistema previdenciário no Congresso.”

Segundo a Bloomberg, analistas indicam que o vazamento “provavelmente terá amplas repercussões políticas e jurídicas, incluindo uma possível tentativa dos legisladores de criar uma CPI, processos judiciais buscando a anulação das sentenças da Lava Jato e um eventual atraso no debate da reforma da Previdência no Congresso”.

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Imprensa internacional associa discurso de Bolsonaro a risco de ditadura http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/23/imprensa-internacional-associa-discurso-de-bolsonaro-a-risco-de-ditadura/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/23/imprensa-internacional-associa-discurso-de-bolsonaro-a-risco-de-ditadura/#respond Tue, 23 Oct 2018 09:36:56 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4899

As declarações do candidato a presidente Jair Bolsonaro sobre possível perseguição a opositores foram interpretadas no exterior como um eco da ditadura militar e um risco à democracia brasileira. A candidatura de Bolsonaro já tem sido criticada pela mídia internacional por conta do tom autoritário percebido em suas falas, e a atenção cresceu na semana antes da eleição decisiva para o país.

O jornal britânico “The Guardian” deu atenção ao tema antes mesmo das declarações mais recentes do candidato à Presidência. Na segunda-feira, publicou uma reportagem sobre o sentimento de alarme para os sobreviventes da ditadura por conta da ascensão de Bolsonaro.

“Faltando apenas dias para o segundo turno decisivo do que muitos chamam de a eleição presidencial mais importante da história do Brasil, as emoções estão elevadas entre os que sofreram durante o período autoritário, quando centenas foram mortos ou desapareceram sob um regime dedicado a varrer o que era visto como ameaça comunista”, diz a publicação, citando os discursos de Bolsonaro como ecos desse período.

A preocupação ganhou ainda mais atenção no resto do mundo depois do discurso de Bolsonaro, em que ele afirmou que fará uma “faxina” e que os “marginais vermelhos” serão “banidos” do país, em referência aos seus adversários.

“O favorito da extrema direita para se tornar o próximo presidente do Brasil prometeu levar adiante uma purga histórica dos seus adversários políticos em um discurso ameaçador que empolgou seus seguidores e deixou os oponentes de esquerda preocupados e irritados”, diz o mesmo “Guardian” em uma nova reportagem sobre o tema.

O site da rede Al Jazeera também tratou das ameaças de Bolsonaro em uma reportagem. Segundo a publicação, Bolsonaro chama opositores de criminosos e promete uma “limpeza” do país.

“O Brasil foi governado por uma ditadura militar brutal e repressora entre 1964 e 1985 durante a qual centenas de opositores políticos foram assassinados e milhares foram torturados”, ressalta.

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Imprensa estrangeira vê fracasso do ‘centro’ e segundo turno de ‘pesadelo’ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/01/imprensa-estrangeira-ve-fracasso-do-centro-e-segundo-turno-de-pesadelo/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/10/01/imprensa-estrangeira-ve-fracasso-do-centro-e-segundo-turno-de-pesadelo/#respond Mon, 01 Oct 2018 18:59:28 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4828

A menos de uma semana das eleições presidenciais descritas como “decisivas”, “polarizadas” e “imprevisíveis”, a mídia estrangeira que acompanha a situação política do Brasil parece ter decretado o fracasso da tentativa de unir o país em torno de um candidato “de centro” e vê o país caminhando para um segundo turno “turbulento” entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.

“Milhões de eleitores brasileiros estão frustrados com a implosão do centro”, diz o título de uma reportagem publicada pela agência de economia Bloomberg. Segundo a publicação, esses brasileiros “moderados” se sentem sem ter a quem apoiar.

Com o avanço de Haddad nas pesquisas, “o favorito do mercado, Geraldo Alckmin, um dos candidatos de um centro com muitos nomes, está sofrendo uma hemorragia de apoio enquanto congressistas passam ao lado de candidatos com mais força”, diz a publicação.

“Apelos pela união em torno de um candidato de centro fizeram pouco para mudar a paisagem, e as esperanças de moderados de que cabeças frias venceriam estão desaparecendo”, complementa.

O cenário do segundo turno entre Haddad e Bolsonaro tem sido descrito como “o pior possível”, segundo uma entrevistada pela agência, ou uma disputa entre “o ruim e o extremamente ruim”, segundo reportagem da agência Reuters.

De acordo com a Reuters, este enfraquecimento de candidaturas vistas como mais “moderadas” está levando os empresários brasileiros a “apoiarem silenciosamente” a candidatura de Bolsonaro, com medo da volta da esquerda ao poder.

“Alguns veem Bolsonaro como a alternativa menos pior na disputa que está se desenhando”, diz a Reuters. Segundo a agência, entretanto, muitos questionam se Bolsonaro teria capacidade de formar as alianças necessárias para governar.

O segundo turno entre Bolsonaro e Haddad é o “cenário de pesadelo” para os mercados, segundo reportagem do “Financial Times”, e pode condenar o Brasil a mais quatro anos de grandes brigas políticas.

“Investidores estão cada vez mais preocupados que os eleitores podem escolher um presidente que não tem vontade ou capacidade de implementar reformas econômicas necessárias, mas politicamente difíceis para corrigir os desequilíbrios fiscais da maior economia da América Latina”, explica.

Segundo a rede Al Jazeera, a possibilidade de um segundo turno entre Haddad e Bolsonaro criaria uma “disputa de rejeições”, mas pode dar força aos eleitores mais moderados. Em um “festival e propaganda negativa”, diz, o candidato que conseguir atrair este público mais ao centro pode fazer com que o apoio dele impulsione a sua eleição.

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Falar de intervenção militar é desistir de apresentar país como civilizado http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/05/30/falar-de-intervencao-militar-e-desistir-de-apresentar-pais-como-civilizado/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/05/30/falar-de-intervencao-militar-e-desistir-de-apresentar-pais-como-civilizado/#respond Wed, 30 May 2018 14:03:42 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4547

A descrição publicada por alguns veículos internacionais a respeito do desenrolar da segunda semana de greve de caminhoneiros no Brasil lembra o clima confuso em que foram recebidos os protestos de Junho de 2013. A manifestação por pontos específicos cresceu, saiu do controle, descambou para a irracionalidade e agora já se discute até na imprensa estrangeira assuntos tão disparatados quanto a possibilidade de uma intervenção militar na política. A mera inclusão deste tema no debate indica que o Brasil abdicou de se apresentar ao mundo como nação civilizada.

“O que começou como uma greve na semana passada contra o aumento do preço dos combustíveis se transformou agora em reclamações antigas sobre a baixa qualidade dos serviços públicos, os altos custos de vida e a corrupção na política”, explica uma reportagem publicada no site da Al Jazeera.

Assim como em 2013, o movimento que começou pequeno, cresceu, se transformou e saiu do controle dos principais grupos políticos do país, na visão de analistas estrangeiros.

“A greve confundiu tanto a esquerda quanto a direita em um clima político ferozmente polarizado”, avalia reportagem do jornal britânico “The Guardian”. O periódico também usa analogia semelhante à da rede árabe sobre o protesto que começou pequeno e acabou saindo do controle (o correspondente Sam Cowie participou da cobertura dos dois veículos).

Fora de controle, os manifestantes agora tentam derrubar o governo de Michel Temer, segundo o título da Al Jazeera. O Brasil agora enfrenta pedidos de volta da ditadura militar, diz o título do “Guardian”.

“Com as forças armadas enviadas para desfazer os bloqueios nas rodovias do país, um grupo cada vez mais barulhento de manifestantes radicais está pedindo que eles assumam o poder”, diz a agência de economia Bloomberg.

“O assunto é profundamente controverso no Brasil, que viveu sob uma ditadura militar por 21 anos, nos quais centenas de oponentes do regime foram executados e milhares mais torturados”, diz o jornal inglês.

“O número daqueles que defendem a volta da ditadura cresceu por conta dos repetidos escândalos de corrupção”, explica a reportagem.

Apesar de o pedido por ditadura soar insensato, o “Guardian” citou o presidente Temer alegando que não há chances de intervenção militar e entrevistou um cientista político brasileiro que diz que a maioria dos cidadãos do país prefere esperar pelas eleições de outubro.

Ainda assim, a chegada à imprensa estrangeira de um assunto tão absurdo quanto o pedido por ditadura evidencia o quanto o avanço de ideias reacionárias que deveriam ficar de fora da política têm ganhado força.

Até agora, o discurso radical e sem sentido deste tipo era ofuscado pelo debate político real, e o simples fato de que se discute o tema é uma legitimação da voz de pessoas que defendem o fim da liberdade –o que precisa ser combatido em nome do respeito à democracia brasileira. Ditadura e intervenção militar não deveriam sequer serem mencionados em qualquer debate político em um país sério.

Em 2015, avaliando o início da discussão sobre impeachment da presidente Dilma Rousseff, o consultor britânico Simon Anholt, especialista em imagem internacional de países, dizia que a situação era “constrangedora para uma nação que está tentando se apresentar ao mundo como moderna e civilizada”. Ao incluir em qualquer discussão atual pedidos por intervenção militar e ditadura, pode-se dizer que o constrangimento ultrapassou todas as barreiras, e o país desistiu de ser apresentado como civilizado.

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Lava Jato revelou ao mundo o Brasil como país exportador de corrupção http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/12/lava-jato-revelou-ao-mundo-o-brasil-como-pais-exportador-de-corrupcao/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/12/lava-jato-revelou-ao-mundo-o-brasil-como-pais-exportador-de-corrupcao/#respond Mon, 12 Mar 2018 10:48:32 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=4330

Reportagem da Al Jazeera sobre o Brasil como exportador de corrupção

A Operação Lava Jato já foi descrita por um jornal estrangeiro como responsável por revelar “o maior escândalo de corrupção da história”. Uma outra publicação internacional agora se debruça sobre a investigação e sobre seus impactos no exterior. Segundo reportagem publicada pela Al Jazeera, a Lava Jato revelou ao mundo o Brasil como país exportador de corrupção.

Em um texto longo e detalhado, o site em inglês da rede árabe apresenta a história da Lava Jato e diz que ela descobriu um nível “sem precedentes de propinas, corrupção e lavagem de dinheiro” não apenas no Brasil.

“Nunca antes o Brasil exportou corrupção como o fez no caso da Lava Jato”, diz a reportagem, citando um diretor da ONG Transparência Internacional.

Ecoando a avaliação de que se trata de um dos maiores escândalos do mundo, a reportagem explica que o problema da corrupção no Brasil não é novo e faz parte do sistema. O que a Lava Jato trouxe de novidade foi a escala, a quantidade de dinheiro e de pessoas envolvidas.

A reportagem da Al Jazeera é apenas a mais recente em uma série de publicações internacionais a tratar da Lava Jato e seus impactos no Brasil e no mundo. Ela é uma das amostras mais completas, entretanto, da forma como o Brasil se tornou exportador dessa corrupção.

Apesar do tom crítico em relação ao Brasil e a este papel de exportador de corrupção, a Al Jazeera explica que as revelações da Lava Jato e as investigações da Justiça brasileira também acabaram tendo impacto internacional. Segundo a reportagem, revelações de escândalos em outros países estão gerando uma “nova atitude” em relação à corrupção na América Latina e em outros países onde o Brasil atua.

“Governos do Equador a Angola estão lidando com as repercussões do caso”, diz, alegando que a Lava Jato criou uma expectativa de que a impunidade possa deixar de ser a regra para a corrupção.

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Vista de fora, resistência faz Temer se tornar ‘mestre da sobrevivência’ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/26/vista-de-fora-resistencia-faz-temer-se-tornar-mestre-da-sobrevivencia/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/26/vista-de-fora-resistencia-faz-temer-se-tornar-mestre-da-sobrevivencia/#respond Thu, 26 Oct 2017 08:38:05 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3957

Visto de fora, Temer é ‘impopular’, mas resiste e vira ‘mestre da sobrevivência’

A decisão da Câmara dos Deputados de rejeitar pela segunda vez uma denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer (PMDB) faz com que o presidente seja visto no exterior como um líder sem nenhuma popularidade, mas que se transformou em um “mestre da sobrevivência”.

A expressão foi usada pelo título da reportagem sobre a votação publicada no site da rede britânica BBC.

“Manter o cargo mais alto do Brasil não é uma tarefa fácil em um país onde dois presidentes sofreram impeachment nas últimas três décadas e onde alguns dos nomes mais poderosos dos negócios e da política estão atrás das grades. Ainda assim, Michel Temer, o homem que ascendeu à Presidência de surpresa no ano passado, parece ter um talento especial para isso”, diz.

A “sobrevivência” de Temer está também no título da reportagem do site em inglês da rede árabe Al Jazeera: “O presidente do Brasil sobreviveu a outra votação-chave para evitar ser levado à Justiça por acusações de corrupção”, diz o texto.

O título da reportagem do “New York Times” sobre a decisão da Câmara termina com a expressão “again” (de novo), sobre a repetição do processo.

Na semana passada, as disputas em torno da votação contra Temer e da decisão a favor de Aécio Neves no Senado ganharam pouca atenção no resto do mundo, num aparente cansaço dos estrangeiros com as reviravoltas um tanto repetitivas da política brasileira.

Essa ideia de repetição, cansaço e dificuldade de acompanhar as notícias da política brasileira também estava evidente em uma reportagem do jornal britânico “The Guardian” uma semana antes: ”Acusado de corrupção e com popularidade perto de zero, então como o presidente do Brasil continua no poder?”, perguntava o jornal.

Tratando da decisão da câmara de livrar o presidente, o jornal de Nova York agora chama Temer de “líder brasileiro mais impopular dos tempos modernos”. Diz ainda que ele paga um preço alto para se livrar das acusações, se referindo ao dinheiro liberado para projetos que garantiram o apoio a sua manutenção no governo.

O francês “Le Monde” também trata da repetição do caso no título: “O presidente brasileiro escapa de novo de investigações”, diz.

“Pela segunda vez em alguns meses, os deputados brasileiros se pronunciaram contra uma acusação ao presidente por corrupção”, diz.

O jornal ressalta que, apesar de continuar na Presidência, Temer pode continuar sendo investigado e poderá ser levado à Justiça após o fim do seu mandato.

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Imprensa estrangeira critica abertura de reserva da Amazônia à mineração http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/24/imprensa-estrangeira-critica-abertura-de-reserva-da-amazonia-a-mineracao/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/24/imprensa-estrangeira-critica-abertura-de-reserva-da-amazonia-a-mineracao/#respond Thu, 24 Aug 2017 21:08:53 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3794

Imprensa estrangeira critica abertura de reserva da Amazônia à mineração

A decisão do presidente Michel Temer de extinguir uma área de reserva na Amazônia para ampliar a mineração foi fortemente criticada pela imprensa internacional.

O jornal britânico “The Guardian” chamou a decisão de “maior ataque” à Amazônia em 50 anos, ecoando críticos ouvidos pela publicação no país.

Segundo especialistas, diz o jornal, a decisão vai “causar estragos à floresta e a comunidades indígenas para defender interesses de um pequeno grupo de empresas poderosas que estão mantendo Temer no poder”.

Para a ONG WWF, “além da exploração demográfica, desmatamento, perda de biodiversidade e recursos hídricos, isso pode levar à intensificação de conflitos por terra e ameaças a povos indígenas”.

A rede árabe Al Jazeera, tradicionalmente crítica ao governo Temer, disse que o Brasil está tentando estimular a atividade econômica com a decisão, o que está sendo alvo de protestos.

A reportagem ouve especialistas que se dizem preocupados com a decisão e ressaltam que “a Amazônia é crucial para o clima global”.

O “National Post”, do Canadá, chamou a decisão de tentar sair da recessão pela abertura à mineração de “catástrofe”.

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Temer é o foco da imprensa internacional em notícia sobre prisão de Geddel http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/07/04/temer-e-o-foco-da-imprensa-internacional-em-noticia-sobre-prisao-de-geddel/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/07/04/temer-e-o-foco-da-imprensa-internacional-em-noticia-sobre-prisao-de-geddel/#respond Tue, 04 Jul 2017 13:18:57 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3562

Temer é o foco da imprensa internacional em notícia sobre prisão de Geddel

O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso por suspeita de atrapalhar investigações sobre corrupção, mas o nome mais citado na imprensa internacional como epicentro do impacto da prisão é o do presidente Michel Temer.

Para o resto do mundo, a notícia mais importante é a de ação da Justiça contra “mais um” aliado de um governo já sob pressão, e que fica em situação ainda mais difícil.

As reportagens publicadas no site em inglês da rede árabe Al Jazeera, no da agência de economia Bloomberg e da TV americana ABC, por exemplo, só citam no nome de Geddel no segundo parágrafo do texto. No primeiro, dizem que a polícia prendeu um “aliado próximo” do presidente, o que “aumenta a pressão sobre Temer”.

Geddel, a Al Jazeera explica em seguida, “tentava bloquear delações que poderiam afundar ainda mais o governo mergulhado em escândalos”.

A Bloomberg ressalta ainda que Geddel deixou o governo no ano passado após acusações diferentes das atuais. “O mais recente escândalo pode aumentar o custo de o Congresso apoiar o governo Temer”, avalia.

O jornal francês “Le Monde” noticiou a prisão de quem chamou de “homem de confiança de Temer” e disse que poucos dias depois de Geddel ironizar delações, agora ele mesmo pode se beneficiar disso para sair da cadeia. A prisão suja ainda mais a imagem de um governo já cheio de problemas, diz.

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Violência volta a manchar a imagem do Brasil na imprensa estrangeira http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/07/03/violencia-volta-a-manchar-a-imagem-do-brasil-na-imprensa-estrangeira/ http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2017/07/03/violencia-volta-a-manchar-a-imagem-do-brasil-na-imprensa-estrangeira/#respond Mon, 03 Jul 2017 22:44:31 +0000 http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/?p=3556

Violência volta a manchar a imagem do Brasil na imprensa estrangeira

O título de uma reportagem publicada pela revista americana “Newsweek” dificilmente poderia ser mais direto na associação da violência ao Brasil: “Moradores de favelas do Rio estão cansados de ver seus vizinhos serem mortos”. No site da rede árabe Al Jazeera o tom de um texto sobre o Brasil é parecido: “Moradores de favelas do Rio protestam contra assassinatos”.

Notícias sobre diferentes casos de violência no Brasil são constantes na mídia estrangeira. Nos últimos dias a imprensa internacional voltou seus olhos para as manifestações contra mortes recentes na capital fluminense no fim de semana, e voltou a estampar no mundo a forte imagem da criminalidade e da violência que já é cotidianamente associada ao Brasil.

Segundo a revista americana, as crises política e econômica, bem como os escândalos de corrupção,praticamente destruíram os progressos limitados que haviam sido alcançados em comunidades pobres nas últimas décadas.

“Com as taxas de desemprego atingindo novos recorde, as gangues de traficantes retornaram às favelas. Quando a policia ataca os bairros e os tiroteios acontecem, os moradores frequentemente se tornam vítimas da violência”, explica.

A reportagem da Al Jazeera diz que tiroteios acontecem diariamente, e pessoas inocentes acabam vítimas de operações policiais de estilo militar.

“Traficantes controlam grande parte das favelas, que muitas vezes são formadas por becos e casas pequenas em encostas íngremes que são difíceis de acessar. A polícia monta periodicamente incursões e, quando ocorrem os tiroteios, as balas perdidas dos fuzis atravessam áreas densamente povoadas”, explica.

Em um artigo publicado em inglês no site “The Conversation”, o pesquisador Renato Sérgio de Lima, da FGV, argumentou que por mais que o país esteja mergulhado em escândalos de corrupção e instabilidade política, a violência, registrada no altíssimo índice de homicídios, constitui o maior problema real do Brasil.

Sem tratar exatamente do impacto na imagem, ele explica que a criminalidade deixa a população paralizada e gera um aumento no flerte com o autoritarismo em um “processo corrosivo”.

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