Sob Bolsonaro, Brasil cria geração de exilados políticos, diz jornal inglês
Uma reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian neste mês diz que uma nova geração de exilados políticos teve que deixar o Brasil governado por Jair Bolsonaro para poder sobreviver. "Políticos, acadêmicos e escritores tiveram que fugir um clima de ameaças de morte e hostilidades que lembram a ditadura militar", diz o jornal.
O texto fala sobre o aumento de relatos de pessoas deixando o país por perseguição, e detalha os casos de Jean Wyllys, da pesquisadora Marcia Tiburi, da feminista Debora Diniz e do ativista Anderson França.
"Todos os quatro exilados descrevem um coquetel de ameaças de milícias, extremistas de direita e um fórum niilista da dark-web cujos usuários vomitam ódio por esquerdistas, mulheres e negros", diz o Guardian.
O jornal diz que muitas das ameaças coincidiram com mentiras e acusações compartilhadas pela internet por seguidores do presidente. A reportagem também ressalta que grupos de milicianos envolvidos em ameaças deste tipo "foram ligados à família de Bolsonaro".
"A ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985 exilou políticos, dissidentes, artistas e acadêmicos de esquerda. Décadas mais tarde, proeminentes esquerdistas e ativistas brasileiros estão novamente deixando o país, mas desta vez eles estão fugindo das ameaças de morte de extremistas de direita e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro", diz o Guardian.
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