Financial Times diz que militares viraram a voz da moderação no governo
Em meio à disputa política sobre o sentido do golpe de 1964 e a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de promover comemorações do aniversário do início da ditadura, o jornal de economia Financial Times diz que os militares estão se destacando como a voz da moderação dentro de um governo marcado pelo populismo.
"Seu papel é cada vez mais visto como crucial não apenas para manter a coesão social, mas também para ajudar a restaurar o crescimento econômico", diz o jornal.
Segundo o FT, o estilo de governo de Bolsonaro tem começado a alienar outros políticos e ameaçado os esforços para aprovar reformas econômicas no Congresso. Neste contexto, explica, os militares aparecem como a voz que tenta conter divisões –chamados de "adulto na sala" por um entrevistado.
O papel dos militares no governo é perceptível também na força que tem acumulado o vice-presidente Hamilton Mourão, segundo o jornal de economia. O FT destaca que a postura de Mourão no governo é bem diferente do estilo marcado por declarações polêmicas dele antes de chegar ao poder.
"Em um país com uma história de vice-presidentes subindo ao cargo mais alto, analistas se perguntam se o general Mourão já não está aguardando para se tornar presidente", diz. O jornal usa o termo "president-in-waiting" para se referir a essa posição de Mourão, o que poderia ser traduzido para algo como "presidente em espera".
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