Imprensa internacional associa discurso de Bolsonaro a risco de ditadura
As declarações do candidato a presidente Jair Bolsonaro sobre possível perseguição a opositores foram interpretadas no exterior como um eco da ditadura militar e um risco à democracia brasileira. A candidatura de Bolsonaro já tem sido criticada pela mídia internacional por conta do tom autoritário percebido em suas falas, e a atenção cresceu na semana antes da eleição decisiva para o país.
O jornal britânico "The Guardian" deu atenção ao tema antes mesmo das declarações mais recentes do candidato à Presidência. Na segunda-feira, publicou uma reportagem sobre o sentimento de alarme para os sobreviventes da ditadura por conta da ascensão de Bolsonaro.
"Faltando apenas dias para o segundo turno decisivo do que muitos chamam de a eleição presidencial mais importante da história do Brasil, as emoções estão elevadas entre os que sofreram durante o período autoritário, quando centenas foram mortos ou desapareceram sob um regime dedicado a varrer o que era visto como ameaça comunista", diz a publicação, citando os discursos de Bolsonaro como ecos desse período.
A preocupação ganhou ainda mais atenção no resto do mundo depois do discurso de Bolsonaro, em que ele afirmou que fará uma "faxina" e que os "marginais vermelhos" serão "banidos" do país, em referência aos seus adversários.
"O favorito da extrema direita para se tornar o próximo presidente do Brasil prometeu levar adiante uma purga histórica dos seus adversários políticos em um discurso ameaçador que empolgou seus seguidores e deixou os oponentes de esquerda preocupados e irritados", diz o mesmo "Guardian" em uma nova reportagem sobre o tema.
O site da rede Al Jazeera também tratou das ameaças de Bolsonaro em uma reportagem. Segundo a publicação, Bolsonaro chama opositores de criminosos e promete uma "limpeza" do país.
"O Brasil foi governado por uma ditadura militar brutal e repressora entre 1964 e 1985 durante a qual centenas de opositores políticos foram assassinados e milhares foram torturados", ressalta.
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