Analistas veem aumento da radicalização política após ataque a Bolsonaro
"A política no Brasil é um negócio perigoso", diz um artigo publicado na revista de política internacional "Foreign Policy" sobre o ataque a Jair Bolsonaro e a situação do Brasil a um mês da eleição presidencial.
Segundo a publicação, em um país polarizado onde mais de uma centena de políticos foram assassinados em uma década, a radicalização deve crescer ainda mais depois que Bolsonaro foi esfaqueado.
"Quer ele ganhe ou perda, a campanha de Bolsonaro e o ataque contra ele vai mudar a política brasileira", diz a revista. "Ele incorpora a política da raiva que varreu o Brasil", explica.
A percepção do aumento da radicalização política do Brasil também foi o tema do quadro "A Cara do Brasil" no programa Revista CBN.
Segundo o artigo na "Foreign Policy", a crescente insatisfação dos brasileiros com as instituições políticas do país levou à situação atual, e pode se tornar ainda pior. "Bolsonaro pode simbolizar o radicalismo hoje, mas é possível que ele pareça mediano nas próximas décadas".
O texto é escrito pelo professor de política e relações internacionais da FGV Eduardo Mello.
O tom dele é parecido com o do diretor do Instituto Brazil do Wilson Center, nos Estados Unidos. Segundo Paulo Sotero, o ataque contra Bolsonaro "envenenou" a corrida eleitoral, que agora entra em um terreno novo e desconhecido.
No site da rede de TV americana CNN, Samantha Vinograd, ex-membro do Conselho de Segurança Nacional de Barack Obama, excreve que a democracia brasileira está literalmente sob ataque.
O Brasil é um país onde a violência política é constante, explica. Após o atentado contra Bolsonaro, diz, "este tipo de violência pode continuar até as eleições presidenciais em outubro, um presságio de uma tendência perigosa no maior país da América do Sul", diz.
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