Para analista, Trump deve monitorar risco do Brasil para a economia global
A situação política e econômica do Brasil precisa ser acompanhada detalhadamente pelo governo de Donald Trump e pelo Banco Central norte-americano na hora de formular as políticas monetárias e de comércio exterior dos EUA, defendeu o analista de economia global Desmond Lachman.
Especialista em macroeconomia global, Lachman atuou como vice-diretor no departamento de políticas de desenvolvimento do FMI, e avalia que a incerteza política às vésperas da eleição no Brasil gera preocupações por conta da dívida pública do país.
"Os políticos dos EUA de forma geral e especificamente o Federal Reserve devem prestar muita atenção ao alerta do FMI sobre a situação lamentável das finanças públicas brasileiras", diz Lachman, em um artigo publicado no site "The Hill", portal de notícias de política de Washington, DC. "Uma crise da dívida brasileira tem o potencial de causar ondas reais no sistema financeiro global", complementa.
Depois que o FMI alertou para a necessidade de reformas para organizar as finanças brasileiras, os candidatos à Presidência precisam se posicionar de forma responsável em relação aos gastos públicos, diz. Segundo ele, entretanto, isso é pouco provável, dada a ascensão do populismo no país após a série de escândalos de corrupção nos últimos anos.
O risco gerado pela economia brasileira, segundo ele, é ainda maior por conta de outras crises que afetam a estabilidade financeira internacional, especialmente na Argentina e na Turquia.
Esta é a segunda vez em menos de um mês que Lachman publica artigos analisando de forma crítica a situação do Brasil. Em julho, ele já havia feito um alerta de que o Brasil precisava urgentemente de reformas, e que ignorar o alerta do FMI afetaria a economia global.
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