Greve revelou gosto do Brasil por políticas irresponsáveis, diz 'Economist'
Uma análise publicada pela revista "The Economist" diz que o resultado prático dos dias de caos criados no Brasil pela greve de caminhoneiros que parou o país por quase duas semanas é que ficou evidente que o quanto as reformas estruturais são necessárias para que o Brasil funcione, mas ao mesmo tempo ficou claro que vai ser muito difícil levar qualquer reforma adiante.
"A greve dos motoristas, convocada para protestar contra aumento nos preços dos combustíveis, marca um começo ameaçador da temporada política que culminará nas eleições de outubro. Ela demonstrou o gosto dos brasileiros por políticas irresponsáveis e impulsionou as perspectivas do candidato mais radical da corrida presidencial, Jair Bolsonaro, um ex-capitão do Exército de direita."
Segundo o texto da revista, a greve pode ser um divisor de águas para as eleições, mas também revelou que o próximo presidente terá dificuldade em aprovar reformas. "Os motoristas de caminhão tornaram mais urgente que o Brasil eleja um reformador como presidente em outubro. Eles também tornaram isso menos provável", diz.
A "Economist" compara Bolsonaro a Donald Trump e a Rodrigo Duterte, das Filipinas, e diz que ele reflete a insatisfação dos brasileiros com a política do país. Além dele, a revista fala sobre a possibilidade de Ciro Gomes crescer na disputa, e diz que ele "ocasionalmente soa como um populista".
Segundo a publicação, entretanto, a esperança do mercado ainda é um crescimento de Geraldo Alckmin, apesar de ele continuar com pouca intenção de voto nas pesquisas.
"Alckmin é o único dos principais candidatos com entusiasmo pelo programa de reformas econômicas iniciado por Michel Temer, que ajudou a tirar o Brasil de sua pior recessão de todos os tempos."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.