Classe média vai decidir 'eleição do medo e do nojo', diz 'Financial Times'
O medo da violência e a repugnância em relação a toda a classe política vão ser os dois pontos principais na mente dos eleitores brasileiros que vão escolher o próximo presidente do país. Na hora de votar, em outubro, vão ser os cidadãos da "nova classe média", beneficiados pelos anos de crescimento e programas sociais do governo Luiz Inácio Lula da Silva e agora ameaçados pela crise, que vão decidir quem vai governar o país.
Estes são os argumentos centrais por trás de uma longa reportagem sobre a situação política do Brasil publicada pelo jornal de economia "Financial Times".
Segundo a publicação, a classe C está vendo suas conquistas dos últimos anos ameaçada pela longa crise econômica no país, e isso deve pesar na escolha dos próximos governantes.
"A questão agora é saber se o próximo governo vai ser capaz de levar adiante as reformas necessárias para gerar crescimento de longo prazo, incluindo uma transformação do caro sistema previdenciário brasileiro, para reduzir os insustentáveis déficits do orçamento", diz a reportagem, puxando o foco para a economia.
Segundo o "FT", Geraldo Alckmin ainda é visto como o candidato com maior capacidade de promover reformas, apesar de não aparentar ter força nas pesquisas de intenção de voto e de estar ameaçado por denúncias de corrupção. Além dele, o jornal cita a candidatura de Jair Bolsonaro como a mais beneficiada pela sensação de medo no país. O "FT" diz ainda que Lula, mesmo preso, terá muita força na eleição, e pode ajudar a eleger o próximo presidente.
"Mais de que qualquer coisa, esta eleição vai ser uma batalha pelos corações e mentes das classes médias baixas", diz.
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