Para revista, protestos do carnaval deram amostra do que esperar na eleição
Quem quiser entender o que está acontecendo no Brasil meses antes de eleições decisivas para a democracia no país precisa olhar para o carnaval que acabou nesta semana, segundo um artigo publicado na revista "Americas Quarterly".
"O carnaval não ia ficar imune à profunda frustração dos brasileiros com a elite política", diz. Ele acabou se transformando numa "plataforma para misturar alegria e protesto –um sinal das questões que galvanizam os eleitores e das frustrações que conduzem os candidatos anti-establishment".
O texto assinado pelo editor Brendan O'Boyle se alinha à análise que se tornou mais comum no exterior sobre o carnaval deste ano. Vista de fora, a festa que simboliza o país se tornou o palco de um tema mais sério sobre política e o futuro do Brasil.
Com o país polarizado desde o impeachment de Dilma Rousseff, a população não se vê representada por nenhum dos políticos tradicionais, o que se ampliou nas demonstrações do carnaval.
"Não é uma surpresa que muitos brasileiros se sintam empurrados a falar das questões que os políticos normalmente evitam, como racismo, violência e misoginia", complementa.
Os protestos políticos do carnaval também foram tema de uma reportagem da revista "The Economist", que indica que a falta de força política do presidente Michel Temer dificulta a aprovação de reformas que a publicação defende serem necessárias para o Brasil, como a da Previdência.
Alegando que o Brasil fez um "desfile a caminho do desastre" a pesquisa diz que Temer está tentando aprovar as reformas, mas que tem se esforçado mais para evitar sofrer com as acusações de corrupção.
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