Disputa de terra gerou boato de morte de jornalista inglês no Brasil em 89
A cobertura internacional de uma disputa de terras no Maranhão, no final dos anos 1980, revelou a escalada da violência contra camponeses da região. Em meio a tiroteios, espancamentos, tortura e ameaças para expulsar os moradores da área, surgiu a informação de que um jornalista britânico havia sido assassinado pela polícia local.
Quem conta essa história em uma narrativa fantástica é o colunista George Monbiot, do jornal "The Guardian", em um texto publicado nesta semana. Era ele o jornalista estrangeiro dado por morto no Maranhão. E ele não só sobreviveu, como ajudou a dar visibilidade à briga por terras no estado.
"Mais tarde descobri que uma série crescente de boatos chegou à imprensa nacional. Depois soube que o governador do Estado, após repetidas reclamações de tortura, prisões ilegais e assassinatos, culminando com a suposta morte de um jornalista britânico, havia sido forçado a demitir os policiais locais e devolver a terra roubada aos camponeses. Minha morte não havia sido em vão", relata Monbiot.
O texto foi publicado com um título bem pessoal para Monbiot. "Como uma reportagem sobre uma tomada violenta de terras levou à minha 'morte' no Brasil". Ele serve não apenas como uma história interessante a respeito da atuação de jornalistas estrangeiros no Brasil, mas ajuda a dar uma dimensão sobre problemas históricos que continuam acontecendo no Brasil.
O próprio "Guardian" publica com frequência nos dias de hoje reportagens sobre conflitos por terra no Brasil. Muito do que ocorria nos anos 1980, quando aconteceu o caso relatado por Monbiot, continua acontecendo, e o jornalismo (nacional e estrangeiro) continua sendo importante para mostrar abusos.
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