Para 'think tank de Trump', corrupção no Brasil começa no topo da política
Para o centro de estudos americano que costuma ser considerado uma referência para a forma de pensar do presidente Donald Trump, a corrupção toma conta do Brasil, e vem de cima para baixo.
A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção é apenas um símbolo do grave problema que o Brasil enfrenta por conta da generalização deste tipo de crime em sua política, segundo uma análise da Heritage Foundation.
A opinião foi publicada pelo "Daily Signal", site do "think tank de Trump". "A corrupção no Brasil começa no topo", diz.
"Os crimes pelos quais Lula foi considerado culpado certamente são significantes. Mais importante, entratento, é que eles ilustram como as elites públicas e privadas do Brasil têm se comportado –muito mal", diz um texto assinado pelos pesquisadores James M. Roberts e Charles Busch.
Em meio a dezenas de análises críticas sobre a corrupção no Brasil, a avaliação da fundação Heritage pode parecer não ter nada de muito novo. Sua importância fica mais clara por conta da ligação deste think tank com o governo Trump. Segundo a rede de TV CNN, a Heritage pode ser considerada uma das principais referências sobre as ideias em torno do atual governo americano –por mais que o relacionamento tenha passado por turbulências recentemente. "O think tank conservador tem velhas raízes em Washington e está se tornando uma das maiores influências no governo Trump", diz.
Mais preocupada com política interna, a Heritage não costuma publicar muitos textos sobre questões entre EUA e Brasil, mas fez esta análise recente sobre corrupção. Segundo ela, o problema atinge todo o sistema político do país.
"A troca de favores e a corrupção afetaram todos os partidos políticos no Brasil. Michel Temer, que assumiu a Presidência após a remoção de Rousseff, também foi manchado por alegações de corrupção", diz.
A falta de confiança nas leis brasileiras faz com que o país perca pontos no Índice de Liberdade Econômica, calculado pela Heritage. Segundo a fundação, o Brasil tem caído nesta avaliação, e deixou de ser "majoritariamente livre" para uma situação de "majoritariamente sem liberdade".
"Até agora, os únicos heróis a surgirem neste longo drama brasileiro são os procuradores e juízes. (…) Vai ser preciso haver mais gente como [o juíz Sérgio] Moro, com uma defesa firme de princípios", para mudar isso, diz.
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