Anistia Internacional cobra investigação de revelações sobre caso Marielle
A ONG de direitos humanos Anistia Internacional divulgou uma nota sobre a notícia da testemunha que liga o nome do presidente Jair Bolsonaro ao caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. Segundo a organização, as revelações geram novas perguntas sobre o caso que "se arrasta há quase 600 dias".
"São questões muito graves e explicações precisam ser dadas com clareza, seriedade e celeridade. É inadmissível este ir e vir de informações e vazamentos que fazem parecer que as investigações estão presas em um labirinto", diz o comunicado, publicado nos sites da AI em inglês e em português.
O comunicado da Anistia cobra investigações rigorosas do caso, e ressalta a visibilidade internacional que o assassinato de Marielle tem e sua importância para os direitos humanos no Brasil.
"A família de Marielle Franco, a sociedade brasileira e a comunidade global aguardam uma resposta definitiva: quem mandou matar Marielle e por que?", diz.
Além da Anistia, outra ONG internacional também se posicionou de forma crítica sobre o caso.
"Ao insultar e humilhar algumas das mídias mais importantes do Brasil, a mais alta autoridade do país está alimentando e sustentando um clima de ódio e desconfiança em relação ao jornalismo brasileiro", disse Emmanuel Colombie, chefe da mesa da RSF na América Latina.
Segundo a RSF, os ataques frequentes e a ameaça de não renovar a concessão da Globo "são muito preocupantes" e "extremamente graves". "Elas representam censura direta", disse Colombie.
A notícia sobre a menção ao nome do presidente no caso Marielle ganhou grande destaque no resto do mundo desde a revelação feita pela TV Globo. Vários veículos da imprensa internacional publicaram reportagens sobre a notícia, a reação do presidente e seus possíveis impactos políticos.
Segundo o jornal americano The Washington Post, a revelação foi feita em um momento em que Bolsonaro parece perder força, e pode deixá-lo ainda mais isolado politicamente.
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