EUA devem apoiar reformas e acordo comercial com o Brasil, diz economista
Um possível acordo comercial entre o Brasil e os Estados Unidos geraria benefícios para a economia norte-americana, defendeu a economista Christine McDaniel em artigo publicado no site The Hill, portal de notícias de política de Washington, DC. Segundo ela, este é um bom momento para aproximar os dois países, e os EUA devem ajudar a agenda de reformas econômicas do governo de Jair Bolsonaro.
Ex-economista sênior do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca e subsecretária adjunta do Departamento do Tesouro dos EUA, McDaniel argumenta que o governo de Donald Trump deveria aproveitar a oportunidade para melhorar a relação entre os dois países. Ela e citou o mercado brasileiro, a desconfiança em relação à China e a parceria como algumas das vantagens de um acordo.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou no fim de julho que oficialmente foram iniciadas as negociações para um acordo comercial entre os dois países, e o próprio Trump também falou sobre essa possibilidade.
"Não faz muito tempo, a ideia de fortes laços comerciais com o Brasil era quase impensável. Hoje, os líderes dos dois países parecem prontos para se unir. Se conseguirmos ultrapassar as disputas recentes e cada líder puder domar interesses especiais, os Estados Unidos poderão aproveitar uma oportunidade para ajudar nossa agenda comercial e um vizinho-chave", diz McDaniel.
Segundo a economista, a relação de Trump com Jair Bolsonaro é uma parte fundamental desse avanço.
"Os dois presidentes têm muito em comum. Ambos amam Trump, por exemplo. Bolsonaro até fez campanha em uma plataforma pró-americana e pró-Trump, e é chamado 'o Trump dos Trópicos'. Notavelmente, os dois líderes compartilham uma preocupação com uma China ascendente e liderada pelo Estado que não adere às normas globais de comércio", diz. "Um bom acordo comercial poderia percorrer um longo caminho na redução dos custos do comércio bilateral", complementa.
A economista diz que a negociação do acordo não será fácil, mas que os EUA devem ajudar Bolsonaro na negociação de reformas econômicas no Brasil, que podem ajudar na aproximação entre os dois países.
"É preciso muita coragem e força de vontade (e um pouco de sorte) para conseguir uma grande reforma. Se a administração de Bolsonaro conseguir, os benefícios serão sentidos nos próximos anos. Os Estados Unidos devem fazer o que puderem para apoiar as reformas orientadas para o mercado de Bolsonaro, e isso poderia incluir um acordo comercial conjunto."
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