Vista de fora, Previdência vai determinar futuro do Brasil e de Bolsonaro
O avanço da proposta de reforma da Previdência apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta semana vai definir o futuro do Brasil e do novo governo, segundo análises publicadas na imprensa internacional.
A reforma é considerada um "teste-chave" para o Bolsonaro, segundo reportagem do Wall Street Journal. Ela é essencial para conquistar a credibilidade de investidores e recuperar a economia do país, e o sucesso do novo governo depende disso, segundo uma reportagem publicada pela revista The Economist. "O futuro da economia do Brasil depende das aposentadorias", diz o título de um texto publicado pela agência Bloomberg.
"A maior economia da América Latina, o Brasil, está em uma encruzilhada. Consertar suas finanças públicas poderia abrir as portas para um ciclo virtuoso de expansão. Se isso falhar, corre o risco de cair mais fundo nas avaliações de crédito e no crescimento abaixo da média. A única saída é reformular um sistema de previdência dispendioso, concordam os economistas", explica a agência.
Segundo o WSJ, "obter a aprovação do plano no Congresso testará a força política do novo governo, e a disputa entre os legisladores para aprová-lo provavelmente reduzirá a quantidade de dinheiro que o plano de reforma pretende economizar".
De acordo com a Economist, pelo menos na teoria, os políticos e a população brasileiras estão prontos para aceitar as mudanças. Ainda assim, disputas políticas podem repetir as dificuldades encontradas por governos anteriores para aprovar a reforma.
"Bolsonaro tem vantagens que seu predecessor não tinha. Aliados lideram as duas casas do Congresso. Mesmo os políticos que não o apoiam agora acham que as aposentadorias devem ser corrigidas, assim como o público em geral", diz a revista. Por outro lado, "seu governo de dois meses já está mergulhado em escândalos, o que torna as coisas ainda mais difíceis".
"Neste momento, o governo está apostando na 'nova previdência'. O Ministério da Fazenda supostamente planeja uma ação nas redes sociais para argumentar que a reforma reduzirá a desigualdade, criará empregos e liberará dinheiro para serviços públicos como saúde e educação. Tudo isso é verdade e tem sido há muito tempo. Talvez desta vez os brasileiros acreditem nisso", resume a Economist.
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