Atirador de Campinas mostra ao mundo um tipo de violência novo no Brasil
A violência é um dos estereótipos negativos mais fortes relacionados à imagem internacional do Brasil, mas o caso do atirador que matou quatro pessoas e feriu outras quatro a tiros dentro de uma igreja em Campinas mostrou ao mundo um tipo de violência diferente para o país, relacionado a atentados.
O ataque em Campinas teve destaque nos principais veículos da imprensa internacional. O caso foi tratado como algo relativamente raro para o Brasil, mas reforça no exterior a ideia de que o país é recordista mundial em número de homicídios — e evidencia a percepção de falência da segurança no país.
"O Brasil teve quase 64 mil assassinatos no ano passado –mais do que qualquer outro país, segundo as Nações Unidas. No entanto, Ataques em massa aleatórios são relativamente raros", explica a reportagem publicada no tabloide britânico Daily Mail.
As notícias sobre violência costumam enfocar o alto índice de homicídios, ou casos de assaltos, roubos e mortes, ou a violência policial. Durante a campanha eleitoral também foi dado muito destaque ao aumento da violência política no Brasil.
Em muitas análises externas, comenta-se sobre a dificuldade do Brasil de combater a violência. Além disso, segundo especialistas, a rotina de violações de direitos humanos pesam e formam uma mancha na imagem do Brasil e afetam a avaliação da qualidade da democracia no país.
Mas atentados assim costumam ser mais associados a países como os Estados Unidos, sem relação com o Brasil. O ataque de Campinas mostra este lado diferente, novo, da violência no Brasil.
Nas reportagens publicadas em inglês, o título quase sempre traz a palavra "gunman", atirador, que não costuma ser usada com muita frequência ao descrever violência no Brasil.
"Enquanto o Brasil lidera o mundo em homicídios anuais totais, os tiroteios em massa são relativamente raros", diz o texto de uma agência internacional de notícia, repetido em dezenas de veículos estrangeiros.
A imprensa internacional deu bastante destaque às imagens relacionadas ao ataque, reproduzindo vídeos e fotos do ataque. Tratado como caso raro, ele é chamado de exceção, mas a grande visibilidade dada à notícia serve para reforçar a percepção externa de falta de segurança no Brasil, alimentando ainda mais o estereótipo da violência.
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