Entre 'Exterminador' e 'Feitiço do Tempo', Lula decidirá 8ª eleição no país
Dois filmes hollywoodianos servem como referência para entender a força política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai ter papel decisivo nas eleições presidenciais do Brasil pela oitava vez consecutiva. Segundo Brian Winter, editor da revista "Americas Quarterly", o lulismo pode ser explicado com ajuda de "O Exterminador do Futuro" e de "Feitiço do Tempo".
"Como Arnold Schwarzenegger nos filmes do exterminador, Lula continua emergindo intacto dos escombros em chamas –ao menos politicamente", diz em seu artigo mais recente. E como em "Feitiço do Tempo", a mesma história parece se repetir a cada ano eleitoral no país, explica.
Winter faz um relato histórico de como Lula teve papel decisivo na escolha presidencial brasileira em todas as eleições desde 1989. Segundo ele, por mais que Lula esteja preso e provavelmente não consiga ser candidato no pleito deste ano, ele ainda vai ter papel decisivo, com força de influenciar muitos eleitores e definir um dos candidatos no segundo turno.
O artigo explica que um dos motivos para isso é que o governo Lula foi um dos melhores períodos para a classe trabalhadora, e que por mais que os brasileiros estejam frustrados com a corrupção, a população não tem muitas esperanças de eleger um líder completamente honesto.
Winter vem escrevendo sobre a crise política e o cenário eleitoral há bastante tempo. Até recentemente, ele indicava que ainda achava possível que as elites brasileiras chegassem a um acordo para permitir até que Lula ainda seja candidato a presidente.
Além de Lula, o editor explica que o sentimento contra a política é a outra força que vai disputar e eleição no país.Segundo ele, o cenário é preocupante, e o Brasil tem fatores muito semelhantes aos que levaram Donald Trump ao poder nos Estados Unidos.
Segundo Winter, apesar de já estar influenciando a oitava eleição no país, "o lulismo pode estar apenas começando". A explicação para isso está também na comparação da força do ex-presidente com o filme "Feitiço do Tempo".
"É um dos padrões mais típicos e duradouros da América Latina. Um líder que representa as massas e se aproveita de bons tempos na economia –seja por ações suas ou não– pode dominar a cena política por décadas", explica, comparando o caso do Brasil com o da Argentina sob o peronismo.
"Acredite se quiser, pela oitava vez consecutiva, parece que a eleição presidencial do Brasil vai acontecer em torno de um homem: Lula", diz.
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