Reforma do G7 poderia incluir Brasil e Índia, defende analista dos EUA
O Brasil e a Índia teriam mais direito de fazer parte de uma possível expansão do G7, grupo que reúne as maiores economias do mundo, do que a Rússia. O argumento foi defendido pelo analista americano James Dobbins em um artigo publicado pelo jornal "USA Today".
A análise foi publicada depois do clima pesado da última reunião dos líderes do G7, com oposição do presidente dos EUA, Donald Trump, ao resto dos países. Segundo Dobbins, Trump defendeu que a Rússia fosse incluída em futuras reuniões, mas China, Índia e Brasil deveriam ter mais chances de serem convidados.
"As maiores democracias de mercado livre do mundo se encontram anualmente na cúpula desde 1975. O presidente Trump propôs que a Rússia deveria ser incluída em futuras reuniões. Mas a Rússia não parece se qualificar sob nenhuma avaliação", diz Dobbins.
Para ele, além de um capitalismo corrupto e uma democracia não liberal, a Rússia não é uma das 10 maiores economias do mundo. "A China, a Índia e o Brasil têm maiores Produtos Internos Brutos, e os dois últimos também são democracias de mercado", disse, indicando esses como possíveis candidatos em um reforma do grupo.
Dobbins é analista do think tank americano RAND Corporation e foi secretário-adjunto de Estado dos EUA para a Europa. Também é autor do livro "Foreign Service: Five Décades on Frontlines of American Diplomacy" (Serviço exterior: cinco décadas nas linhas de frente da diplomacia americana).
No artigo, ele explica que a Rússia chegou a ser acrescentada nessas reuniões em 1997, numa época em que havia esperança de reformas democráticas e econômicas no país, mas que acabou sendo afastada em 2014, depois de invadir a Crimeia. Mesmo sem isso, continua ele, a Rússia ainda não se qualificaria para a reentrada no grupo.
"Se poder bruto e influência fossem os critérios, então a China pareceria o próximo membro. Se a democracia e uma economia aberta fossem a medida, a Índia deveria ser a próxima", diz.
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