Polarização esvazia conteúdo da campanha pré-eleitoral do Brasil
A radical polarização política que divide os brasileiros desde o impeachment de Dilma Rousseff, e que se acirrou com a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está esvaziando o debate sobre o futuro do país. Para o colunista da agência de economia Bloomberg Mac Margolis, o debate pré-eleitoral no país até o momento não tem nenhum conteúdo.
"É impressionante que, mesmo com a raiva pública sobre os fracassos do governo e a proximidade das eleições de outubro, tão poucos da classe política brasileira estejam falando sobre reformas, quanto mais fazendo campanha por elas", diz Margolis em artigo publicado na página de opinião da agência, "Bloomberg View".
O foco do colunista é mesmo a falta de preocupação com reformas da Previdência, tributária e política, que segundo ele são necessárias para diminuir a burocracia e ajudar a recuperar a economia do país.
"Uma década de escândalos políticos, complementada pela investigação histórica da Lava Jato, sequestrou a atenção nacional e gerou desprezo a políticos e sua linguagem política arcana", diz.
Margolis avalia as pesquisas de intenção de voto mais recente, e indica que candidatos sem muito apego a reformas aparecem liderando, enquanto os que tratam mudanças estruturais como necessárias (e ele cita o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin) não conseguem se destacar.
A situação, diz, vira um paradoxo. É preciso convergência para aprovar reformas e unir o país, mas o país está cada vez mais dividido e distante de conciliação.
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