'The Economist' diz que jovens podem ajudar a salvar democracia do Brasil
A menos de um ano do que a revista chama de "eleição mais importante para a democracia brasileira", a "The Economist" diz que jovens ativistas que tentam entrar na política podem ser uma esperança para o futuro do Brasil.
"Como jovens brasileiros esperam limpar a política", diz o título de uma reportagem publicada em sua edição mais recente.
A revista deixou um pouco de lado o pessmismo de analistas que apontam para o risco do populismo de novos candidatos na política brasileira, e mostrou que há novos atores ingressando com novas propostas na disputa pelo poder.
O contexto é o mesmo que gera preocupação: Um Congresso tomado por velhos grupos que dominam a política brasileira há décadas e que não tem mais nenhuma confiança da sociedade. Mas a resposta ao problema do discrédito da velha guarda pode vir de uma nova geração, diz.
"Jovens brasileiros estão fartos. (…) Mas renovar o Congresso brasileiro não vai ser fácil. Candidatos independentes são proibidos e partidos são fechados a novatos. Em alguns estados, os assentos estão nas mãos de famílias conhecidas", explica.
Ainda assim, diz, diferentes grupos, com diferentes ideologias, estão buscando a cura para o problema. "A renovação política pode não acontecer da noite para o dia", diz.
A "Economist" é uma das publicações internacionais mais atentas ao que acontece no Brasil. Sua abordagem busca sempre um alinhamento do país a uma política econômica de viés liberal, segundo uma pesquisa acadêmica sobre a cobertura que a publicação faz sobre o Brasil.
A análise da "Economist" ecoa a avaliação do editor chefe da revista "Americas Quarterly", um dos mais ativos analistas estrangeiros da situação do Brasil. Em uma entrevista concedida ao blog Brasilianismo há quase um ano, Brian Winter se dizia preocupado com a crise política no país, alegava ver riscos de o Brasil seguir o rumo dos EUA sob Trump e apontava a falta de jovens políticos como um dos maiores problemas do país.
"Quando viajo pela América Latina, vejo políticos jovens, com 30 ou 40 anos de idade, atuando de forma intensa na política local. No brasil não há ninguém assim. No Brasil não há lideranças jovens.É difícil até achar algum político ativo abaixo dos 50 anos. O governo atual é dominado por pessoas na casa do 70 anos, e isso é incrível. A forma como as eleições acontecem no Brasil dá muito poder aos partidos, e isso impede a emergência de novos partidos e novos nomes no país. São barreiras institucionais que impedem essa mudança geracional", dizia.
Segundo a "Economist", talvez isso tenha começado a mudar.
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