Mídia estrangeira chama farinata da prefeitura de SP de comida de cachorro
A polêmica sobre o alimento processado desenvolvido em São Paulo como parte da política municipal de combate à fome chegou à imprensa internacional. Com tom crítico, jornais estrangeiros chamaram a farinata apresentada pelo prefeito João Doria de "comida de cachorro".
A farinata foi "apelidada de 'comida de cachorro' ao ser apresentada em forma de pequenas bolas parecidas com alimento canino", diz uma reportagem publicada no jornal mexicano "El Universal", com informações da agência de notícias France Presse.
O jornal britânico "The Guardian" aborda a questão a partir da decisão do Ministério Público de investigar o uso do alimento.
"A pobreza, a quantidade de pessoas em situação de rua e o desemprego cresceram nos últimos anos enquanto o Brasil lida com uma grave recessão. Mas nutricionistas atacaram o plano [de usar a farinata] alegando que ninguém sabe exatamente do que ela é feita –ou mesmo se é seguro consumi-la", diz.
A publicação inglesa também se refere à comparação do alimento processado com comida para animais de estimação, e diz que essa é uma das principais críticas à política da administração de Doria.
Uma reportagem da agência de notícias Associated Press explica que o MP pediu dados sobre a farinata a fim de determinar seu valor nutritivo.
"O granulado é feito de sobras desidratadas, e se parece com pipoca. Ela pode ser misturada a outras comidas, como tortas, ou comida diretamente", explica.
"Grupos de defesa dos direitos humanos criticaram o uso do granulado, dizendo que ele é degradante", diz o texto da agência, publicado em jornais como o "Miami Herald".
Além da polêmica em torno do alimento, os jornais estrangeiros destacaram o fato de que Doria está tentando se lançar como candidato à Presidência.
"Doria é um empresário multimilionário (e ex-apresentador da versão brasileira de 'O Aprendiz') que venceu facilmente a eleição em São Paulo no ano passado, e agora é apontado como um possível candidato nas eleições presidenciais de 2018", diz o "Guardian".
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