Mesmo condenado, Lula não está acabado, diz analista político americano
A decisão de não pedir a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após sua condenação por corrupção é um dos pontos mais importantes do processo contra o líder petista. Segundo o analista político americano Brian Winter, isso indica que nem tudo está perdido para Lula, e ele ainda tem chances de se tornar presidente do país.
A condenação veio com uma ponta de esperança para os que defendem Lula, diz Winter em um texto publicado na revista "Americas Quarterly".
"O aspecto mais marcante da decisão contra Lula foi a admissão do juiz de que ele tem direito a tratamento especial. Isso, mais do que qualquer outro detalhe, sugere que o homem que dominou a política brasileira nos últimos 30 anos ainda pode escapar da cadeira –e talvez até retornar como presidente em 2018", avalia Winter, que é ex-correspondente no país, vice-presidente da Americas Society/Council of the Americas e autor de quatro livros sobre a América do Sul.
Segundo Winter, ao não pedir a prisão de Lula, "Moro piscou", diz, indicando que a Justiça vê o ex-presidente como um caso especial a ser avaliado, que pode ser interpretado como um reconhecimento do poder que Lula ainda tem.
"Se houve uma era em que Lula podia ser retratado como um vilão sem ambiquidade em uma batalha do bem contra o mal, ela acabou em meados de 2016, quando a maior parte dos poderosos brasileiros apoiaram Michel Temer", diz.
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