Lula foi mina de ouro para a corrupção da Odebrecht, diz revista americana
Nunca existiu uma máquina de corrupção como a que a empreiteira Odebrecht criou no Brasil, segundo uma longa reportagem publicada recentemente pela revista americana Bloomberg Businessweek. Em uma abordagem explicativa sobre os escândalos revelados recentemente no Brasil e em outros países, o texto revela que o que a empreiteira fazia no Brasil vai muito além das propinas comuns no resto do mundo.
"A Odebrecht admitiu à corte distrital dos EUA no Brooklyn, em Nova York, em dezembro do ano passado, que o Departamento de Operações Estruturadas distribuiu aproximadamente US$ 788 milhões em propinas no Brasil e outros 11 países, garantindo mais de 100 contratos que geraram US$ 3,3 bilhões em retornos para a empresa."
A reportagem se rebruça sobre o Departamento de Operações Estruturadas, "talvez a máquina de corrupção mais eficiente e de maior alcance já desmantelada no mundo dos negócios", diz.
O texto explica como a empresa se envolveu em esquemas de corrupção, e indica que a eleição de Lula foi um momento chave para estes processos.
"Nenhum cliente era mais importante para Emílio do que Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-sindicalista chegou à presidência em 2003 com a promessa de acabar com a miséria e reativar a economia. Ele foi uma mina de ouro para a Odebrecht", diz.
Segundo o texto, as operações da empresa cresceram à medida que o governo Lula acelerava os gastos em infraestrutura que exigiam pagamentos ilícitos.
A operação também se estendeu além da fronteira brasileira. "Desde que o Departamento de Operações Estruturadas foi montado, a Odebrecht financiou esquemas que elegeram meia dúzia de presidentes na América Latina, comprou a amizade de chefes de Estado em Angola, Peru e Venezuela e molhou a mão de centenas de políticos do Panamá à Argentina", revela.
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