Após ser ofuscado por crises, carnaval aquece economia do Brasil, diz CNBC
Maior símbolo do Brasil no imaginário internacional, o carnaval passou os últimos dois anos um tanto ofuscado na mídia estrangeira pelas crises política e econômica. Em 2017, entretanto, o noticiário relacionado aos festejos começa a parecer um pouco mais otimista.
"O Brasil espera que um renovado interesse turístico impulsione sua economia em 2017, enquanto bucas capitalizar o legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016", diz o texto.
O tom é bem diferente do que se viu na imprensa internacional antes dos carnavais de 2015 e 2016.
Dois anos atrás, além dos problemas econômicos havia ainda a seca que atingia o sudeste do Brasil e criava tensão no Rio e em São Paulo. A cobertura no resto do mundo indicava que as crises iam "encolher" o carnaval do Brasil. A abordagem geral era de que o Brasil não estava com tanto clima para festas.
"Uma forte seca e uma economia atormentada forçaram cidades em todo o Brasil a abandonar ou diminuir seus planos para o carnaval. Nem o famoso carnaval do Rio de Janeiro está imune", dizia o jornal britânico "The Guardian".
O tom de desanimo estava presente também em reportagem do "Daily Telegraph": "O evento mais importante da cidade no ano é um espetáculo que suspende a realidade por dois dias do anoitecer ao nascer do sol em uma mistura de música trovejante e coreografia sublime. Este ano, entretanto, com a recessão se aproximando do Brasil, austeridade e escândalos financeiros parecem ser os temas dominantes", dizia.
No ano passado, as coisas não foram tão diferentes. O jornal de economia "Financial Times" foi um dos primeiros a tratar do tema, e previu o "cancelamento" do carnaval por conta das crises econômica e política no Brasil. A "Forbes", pouco depois, apontou que a tradicional festa seria uma pausa nos problemas do país, e a revista "The Economist" usou o carnaval para dizer que brasileiros iriam festejar à beira do abismo criado pelas crises. "O feriado não vai dar folga para as preocupações econômicas e políticas", dizia a revista.
É bem verdade que a CNBC já costuma ser um dos canais mais otimistas em relação ao mercado brasileiro, e que tem indicado o país como um bom lugar para investimentos mesmo em momentos que pareciam o auge da crise econômica. Mas ao partir de dois anos de cobertura muito negativa, é interessante que um veículo do porte deste canal de economia dê espaço para um olhar mais otimista, citando o governo brasileiro e a perspectiva "extremamente positiva" para a economia durante a festa.
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