Deu no 'Financial Times': Crise coloca governo de Temer na corda bamba
Com a crise política no Brasil, as denúncias de corrupção, a tentativa de anistia na Câmara e os protestos populares pelo país, o presidente Michel Temer está numa corda bamba, segundo o jornal de economia "Financial Times".
Temer "não pode se opor abertamente ao Congresso e sua tentativa de proteger a si mesmo contra processos na investigação da Petrobras. Ele precisa do apoio do Congresso para se manter no poder. Mas ele também não pode apoiar os congressistas abertamente. Fazer isso geraria fúria popular e deixaria o país ingovernável", avalia a publicação.
Em meio a isso tudo está a necessidade de o governo levar adiante reformas exigidas pelo mercado para que o país saia da pior recessão em um século, diz.
Até agora, segundo o jornal, Temer estava vivendo algo como uma lua de mel. "Depois de disputar o poder com Dilma, ele empolgou mercados ao indicar uma equipe política afiada e propor o congelamento dos gastos do governo por 20 anos."
Agora as coisas mudaram e ele vê a investigação sobre corrupção se aproximar do seu governo. "O Partido de Temer, o PMDB, está mergulhado até o pescoço no escândalo", diz.
O "Financial Times" foi um dos primeiros entre os grandes jornais internacionais a apontar, no mês passado, que as denúncias de corrupção se tornavam ameaças ao governo Temer e às reformas propostas por ele.
Nos últimos dias, mais veículos e analistas estrangeiros passaram a se voltar de forma crítica contra Temer, percebendo seu "encolhimento" como presidente e indicando até mesmo risco de impeachment dele.
Junto à crise entre os poderes e ao afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado, o noticiário internacional tem reforçado ainda mais a imagem de instabilidade da política brasileira, que costuma ser descrita como "disfuncional".
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