Estudo do 'Guardian' indica que Brasil vive uma 'epidemia' de linchamentos
Um estudo realizado pelo jornal britânico "The Guardian" revela que o Brasil vive uma "epidemia" de linchamentos, e que pelo menos 173 forma mortas por multidões fora do controle somente neste ano.
Segundo o levantamento, feito a partir de registros oficiais e jornalísticos de mortes violentas desde o início do ano, o país teve em média um linchamento a cada dois dias. Fortaleza foi a cidade que registrou mais casos, com 14 linchamentos.
A primeira morte deste tipo, diz o jornal, aconteceu logo em 1º de janeiro, marcando um "ano de epidemia de linchamento que varreu o Brasil em um momento de intensa agitação política e econômica", explica.
O jornal associa a onda de crimes deste tipo no país com a alta de violência e intolerância de forma geral. "O 10º relatório anual do Fórum de Segurança Pública (…) revelou que 57% dos brasileiros concordam com a frase popular 'bandido bom é bandido morto"', diz.
Segundo o estudo do "Guardian", investigações mostram que suspeitos de roubo são mais da metade das vítimas de mortes por linchamento em 2016 (entre os que têm causa conhecida).
"A maioria das vítimas desses ataques tinha sido acusadas de pequenos crimes, como roubar bicicletas, celulares e, em um caso, um par de sandálias", diz.
A publicação explica que pesquisadores começaram a perceber um aumento dos casos de linchamentos no Brasil em 2013, juntamente com a onda de protestos e agitação política e social registrados no país.
"Em meio a uma crise social, ataques de justiceiros se tornaram mais mortais", explica.
Além disso, segundo o "Guardian" este tipo de crime nem sempre é registrado corretamente, e não há levantamentos oficiais sobre linchamentos e ação de justiceiros.
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