Jornalistas estrangeiros reclamam de problemas de organização na Olimpíada
A cobertura da Olimpíada na imprensa internacional alternou as fortes críticas antes do evento com elogios pela bela festa ao fim dos Jogos – O Rio superou as expectativas, segundo o relato final.
Internamente, entretanto, muitos estrangeiros que trabalharam na cobertura jornalística olímpica no Rio se mostraram insatisfeitos com a organização e a estrutura montada para eles.
O UOL fez uma enquete com dez desses estrangeiros de diferentes países: Japão, China, Coreia do Sul, Holanda, Inglaterra, França, Itália, Senegal, Austrália e Estados Unidos. Em comum, quase todos criticaram a estrutura de trabalho, especialmente o transporte, e a organização do evento – e acharam o povo a melhor coisa da cidade.
Por mais que possa soar corporativista, se a intenção dos Jogos era fazer com que a imprensa mostrasse uma boa imagem do Rio, seria de bom tom pensar no trabalho dos jornalistas que fariam isso. Não precisava mimar essas pessoas, mas facilitar a vida dos jornalistas estrangeiros podia deixá-los com humor um pouco melhor, e acabar tendo efeito indireto, se refletindo no tom das reportagens sobre a cidade.
Veja abaixo alguns destaques dos depoimentos.
"Rio perdeu a oportunidade de usar a marca dos Jogos e mostrar a cidade melhor do que ela é" – Duncan Mackay, Inside The Games, Inglaterra.
"Eu acho que os Jogos Olímpicos são muito grandes para o Rio. (…) Eu acho que Rio é ótimo para se passar as férias, mas não para os Jogos." – Hendrik Stouwdam, NRC Handelsblad, Holanda
"Não estou satisfeito. Como os ônibus não são pontuais, a gente tem que esperar uma hora às vezes, é diferente de outros Jogos como em Pequim, por exemplo. Acho que se melhorassem isso seria melhor. Eu tenho que acordar muito, muito cedo para não perder as competições porque os ônibus não são pontuais." – Gong Bing, Xinhua, China
"Há tantos problemas pequenos acontecendo todo dia e coisas que podem ser evitadas se tudo tivesse sido feito antes e tivesse tido mais tempo para testar as coisas. Os serviços para as pessoas, as funções das pessoas, como operar o transporte, a segurança." – Wakako Yuki, Yomiro Shimbun, Japão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.