'Economist': Olimpíada não vai interromper décadas de declínio do Rio
A Cidade Maravilhosa é um ótimo cenário, mas não chega a ser uma "grande cidade", segundo uma reportagem publicada na revista "The Economist".
Às vésperas do início da Olimpíada, a publicação trata do constante declínio econômico e social do Rio de Janeiro desde os anos 1960 e diz que mesmo que dê tudo certo nos Jogos, a cidade não vai conseguir mudar seu rumo.
"A realização bem-sucedida dos Jogos pode melhorar o ânimo do Rio. Mas não vão ser suficientes para transformar a economia da cidade. O cenário espetacular faz as pessoas quererem visitar, mas vai ser preciso mais do que a luta contra o crime, melhor administração fiscal e serviços públicos melhores para fazer as pessoas quererem ficar. Até que as lideranças ofereçam isso, o Rio não vai ser uma grande cidade, mas apenas um ótimo cenário para uma", resume a revista.
A longa reportagem aponta os anos 1960, e a construção de Brasília, como a origem de muitos dos problemas econômicos do Rio.
"A perda do status de capital foi um golpe do qual foi difícil se recuperar", diz.
Desde então, indica uma gráfico usado pela publicação, a economia entrou em declínio e vários outros problemas, como a violência urbana, se intensificaram.
"Além do bacanal anual do carnaval, o Rio não achou uma vocação para substituir a burocracia e os mercados", diz.
Segundo a revista, havia esperança de que a Olimpíada – junto à exploração do pré-sal – pudesse ser um catalisador de melhoras nos serviços públicos e na economia, mas as coisas não caminharam como esperado.
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