EUA, Argentina e Chile dizem confiar na força da democracia brasileira
Estados Unidos, Argentina e Chile estão entre os primeiros governos internacionais a se pronunciar, desde a quarta-feira (11) sobre o a votação do impeachment de Dilma Rousseff. Os três falam na importância das instituições brasileiras em meio ao processo.
Reportagem publicada pela "Folha de S.Paulo" relata que o governo norte-americano se posicionou a respeito da votação do Senado. Segundo o jornal, o governo americano reagiu com cautela ao afastamento iminente da presidente .
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que os EUA confiam nas instituições brasileiras.
"O Brasil tem um sistema de leis, tem uma democracia madura e estabelece um sistema para resolver esses conflitos políticos dentro do país", disse Earnest ao ser questionado sobre a votação no Senado durante a entrevista diária na Casa Branca.
"O Brasil está sob certo escrutínio e sob certa pressão, e os EUA estarão à disposição para apoiar nosso amigo e parceiro, enquanto ele lida com os desafios significativos que está encarando neste momento", afirmou.
Earnest disse que não iria julgar alegações específicas de um ou outro político brasileiro, mas indicou que os EUA consideram que o processo no Congresso segue as normas.
"Nós obviamente acreditamos que essas instituições democráticas foram estabelecidas por um motivo, e as regras que guiam a democracia devem ser seguidas", disse. "Nós continuamos confiantes que com essas instituições democráticas o Brasil pode atravessar a confusão que vive hoje".
Chile e Argentina
Segundo relatos do portal "Opera Mundi", um a presidente chilena Michelle Bachelet e a ministra de Relações Exteriores da Argentina trataram do afastamento de Dilma.
"O Chile tem seguido com atenção os recentes sucedidos políticos no Brasil, país de histórica relevância econômica, diplomática e cultural para o Chile, incluindo durante o período da administração da amiga presidenta Dilma Rousseff, com a qual temos mantido excelentes relações", afirma o comunicado de Bachelet.
"A democracia brasileira é sólida e os próprios brasileiros saberão resolver seus desafios internos. Nesse meio tempo, o Chile reafirma seu decidido respaldo ao Estado de Direito, aos processos constitucionais e às instituições democráticas no Brasil e em cada um dos países da América do Sul, elementos indispensáveis para resguardar nossas democracias, fortalecer nossa integração regional e nossa inserção global", conclui a nota.
A ministra de Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra, publicou no Twitter na manhã desta quinta-feira (12/05) que o governo de Mauricio Macri "respeita o processo institucional" que se desenvolve no Brasil. A mensagem veio depois da decisão do Senado de admitir o processo de impeachment e afastar a presidente Dilma Rousseff do cargo.
"Tendo em conta os acontecimentos registrados no Brasil, o governo argentino manifesta que respeita o processo institucional que se está desenvolvendo. A Argentina continuará dialogando com as autoridades constituídas para seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional. Confiamos que o desenlace da situação consolide a solidez da democracia do Brasil", afirmam as mensagens.
Imprensa
A "Folha" também reúne os primeiros relatos do afastamento da presidente na imprensa internacional.
Minutos após o Senado Federal ter aprovado o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência, os principais veículos da imprensa internacional já davam destaque à decisão.
"Brasil: Dilma Rousseff afastada do poder", escreveu o francês "Le Monde".
"Fim do jogo para Dilma Rousseff. Uma maioria de 55 senadores votou, na quinta (12), pela suspensão do mandato da presidente e, assim, de seu afastamento do poder por até 180 dias. Ela é acusada pelos senadores de ter maquiado contas públicas. A senhora Rousseff será substituída, durante o dia, por seu vice-presidente, Michel Temer, a quem ela acusa de golpe de Estado institucional", explica o "Le Monde", um dos primeiros jornais internacionais a tratar do tema nesta quinta-feira (12).
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