'Washington Post': Fantasmas do passado assombram impeachment de Dilma
As sombras do golpe militar de 1964 e a ditadura instalada por mais de duas décadas marcam o debate sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em votação no Senado brasileiro nesta semana. Uma reportagem do jornal norte-americano "The Washington Post" tratou desse "fantasma" que assombra a realidade atual do país.
"Quando Dilma e seus aliados falam sobre golpe isso reflete o legado mal resolvido de uma ditadura de duas décadas cujos crimes nunca foram punidos. Mas, de acordo com seus críticos, também aponta para sua auto-imagem como heroína trágica em uma longa luta para elevar o cidadão comum", diz o jornal.
Segundo a reportagem, as acusações de que o impeachment é golpe soam abstratas para a população insatisfeita com seu governo. "Dentro do Partido dos Tratalhadores, no entanto, seu impedimento é visto como um golpe em parte porque envolve muitos dos mesmos atores que atuaram pela retirada do presidene João Goulart em 1964", diz, citando a Rede Globo como o mais proeminente dos atores em ação contra a presidente.
O "Washington Post" fala ainda sobre atores que têm defendido a ditadura, como o deputado Jair Bolsonaro. "Eles veem a ditadura como um tempo de 'ordem e progresso"', diz o jornal, que cita a "ignorância histórica" em relação ao período.
O jornal também cita um pesquisador que diz que falar em golpe é uma forma de o governo Dilma evitar assumir seus erros, e se colocar como puros e inocentes alvos de um golpe de corruptos que querem tomar o poder.
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