'Confusão' é o tema da cobertura internacional da anulação do impeachment
Se, para quem é brasileiro, é difícil entender o que está acontecendo, para quem tenta traduzir a realidade brasileira para o resto do mundo, a confusão é ainda maior.
As notícias sobre a anulação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, e a decisão do presidente do Senado de manter o encaminhamento do processo foram replicadas rapidamente no exterior, mas o tom geral ainda é de que a situação é caótica demais para tomar qualquer coisa como definitiva.
Por mais que os veículos de comunicação brasileiros tenham sido rápidos em publicar listas de repercussão internacional do noticiário desta tarde, a impressão é de que ninguém – nem no Brasil, nem fora – sabe exatamente o que se passa na política brasileira.
A confusão é ainda maior pela velocidade com que as notícias estão se sucedendo. Historicamente, a mídia internacional costuma ser mais lenta e mais analítica ao tratar dos fatos do Brasil na imprensa do resto do mundo. É um tempo que normalmente os correspondentes levam para conseguir apurar, processar os fatos e traduzir os acontecimentos para quem não conhece tão bem a realidade brasileira. Quando o ritmo do noticiário fica acelerado assim, tudo fica mais complicado.
"A política da confusão no Brasil", diz o título mais recente da revista "The Atlantic". "Caos no Brasil pela 'anulação' do impeachment de Dilma Rousseff", publicou o jornal britânico "Telegraph". "Votação do impeachment de Dilma é anulado, e oa legislagura do Brasil é jogada no caos", diz o "Guardian", em algumas das primeiras reações no resto do mundo.
A semana começou com os principais jornais internacionais noticiando a votação do impeachment no Senado, marcada para começar na quarta-feira, mas no meio da tarde tudo mudou. Aos poucos, as agências de notícias foram traduzindo as primeiras notícias, e os correspondentes começaram a tentar explicar o que acontece.
Com o tempo, com certeza vão surgir textos e análises mais aprofundados com o olhar estrangeiro. Por enquanto, o domínio é do tom de estranhamento e confusão. O mesmo estranhamentos e a mesma confusão que também toma a maioria dos brasileiras, diga-se.
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