Brasil vai ter um ano catastrófico, diz revista de política internacional
O Brasil vai ter um ano catastrófico em 2016, a não ser que o país corrija o rumo tomado por uma política econômica fracassada das últimas décadas. A avaliação foi publicada pela revista de relações internacionais "Foreign Policy".
O texto é assinado por Christopher Sabatini, professor da Universidade Columbia, diretor do Council of the Americas e editor chefe da revista "Americas Quarterly", a mesma que recentemente colocou o juiz Sérgio Moro vestido de caçador de corrupção em sua capa.
Segundo a "FP", o primeiro passo para consertar a economia brasileira é reconhecer que o problema é mais profundo de que parece. "Os problemas do Brasil começaram com a desaceleração do mercado global de commodities, que no passado impulsionou o país. Mas as raízes do mal estar vão muito mais longe, a um modelo econômico historicamente autártico, um sistema político complicado e corrompido por partidos divididos e por política local, além de um carnaval constitucional de garantias dos direitos sociais", analisa a revista.
A publicação avalia que o Brasil participou apenas parcialmente da onda neoliberal que passou pela América Latina entre as décadas de 1980 e 1990, e que a economia continuou muito limitada e presa ao estado, o que gera problemas como o alto nível de corrupção que leva à crise atual. Por outro lado, o mercado interno do Brasil é frágil, e a economia interna depende desse consumo doméstico incerto.
"A combinação de crédito barato, crescimento das exportações, mercados protegidos e gastos públicos criou uma bolha que adiou o enfrentamento de problemas estruturais do país e alimentou expectativas de crescimento irreais", diz a revista.
Com uma avaliação mais liberal e conservadora da economia, a "FP" diz que o desafio agora é apertar os cintos para enfrentar o período desastroso enquanto o país reforma suas estruturas política e econômica a fim de recuperar suas finanças. "Mudar o rumo vai exigir que se enfrentem questões que vêm afetando o país há décadas e um realinhamento econômico e político dramático", explica.
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