Na UTI, economia brasileira deveria pedir ajuda ao FMI, diz think tank
Enquanto o Brasil vê sua nota de crédito internacional ser rebaixada pela segunda vez, agora pela agência Fitch, um artigo publicado pelo think tank norte-americano Brookings defende uma opção incômoda e que não traz boas lembranças, mas que poderia ser vista como uma opção para ajudar a recuperar a economia e fazer o país sair da UTI: "Pode ter um gosto amargo, mas só o FMI pode oferecer o remédio de que o Brasil precisa", diz.
O artigo é assinado por Monica de Bolle e Ernesto Talvi e explica que o Brasil precisa de forças para retomar um papel importante no cenário da economia global, e que não tem muitas alternativas para isso. "Se o Brasil quiser reconquistar sua credibilidade rapidamente, vai precisar do apoio da comunidade internacional. O Brasil não tem um equivalente institucional ao Banco Central Europeu para fazer 'o que for preciso' para manter o acesso ao crédito com taxas de juros razoáveis enquanto busca fazer ajustes fiscais e estruturais. O mais perto que o Brasil tem é o Fundo Monetário Internacional, com que ele deveria negociar um programa de ajustes."
Segundo o Instituto Brookings, este programa aumentaria o superávit primário a 2-3% do PIB no médio prazo e ajudaria a contrair os gastos do governo, eliminando as regras de indexação que deixam os gastos do governo muito rígidos.
"O FMI daria ao programa de ajustes o selo de aprovação e ofereceria seus recursos, para o Brasil não tenha que depender do capital internacional por um longo período."
O artigo admite que pedir ajuda ao FMI é algo que carrega um estigma negativo, mas defende que países na situação do Brasil podem ser ajudados por este tipo de medida. "O Brasil ficou sem opções boas – ou mesmo fáceis de implementar. As únicas alternativas a um programa do FMI trariam uma espiral inflacionária."
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