Deu no 'LA Times': Prosperidade não diminuiu taxa de assassinatos no Brasil
Mesmo com mais de uma década de "prosperidade", em que a economia cresceu de forma estável, enquanto o país diminuía índices sociais de desigualdade e pobreza, o Brasil não conseguiu diminuir a violência que assola o país historicamente. Essa situação é vista como um enigma de difícil explicação segundo uma reportagem publicada nesta sexta-feira (22) pelo jornal americano "Los Angeles Times".
A reportagem viajou para Alagoas para mostrar como vivem as pessoas mais afetadas pelos altos índices de violência no país. "Quase todo mundo na periferia de Maceió, a capital do estado mais perigoso do Brasil, tem uma história de terror para contar", diz.
A alta taxa de homicídios do Brasil praticamente não mudou desde o ano 2000, mesmo com o crescimento econômico que tirou milhões da pobreza e reduziu as desigualdades econômicas, diz a publicação.
"O Brasil tem o maior número de assassinatos do mundo", diz o jornal, com 64 mil mortes no ano, um número comparável aos da guerra civil na Síria. O jornal ressalta, entretanto, que números do governo brasileiro indicam um número mais baixo de mortes: 50 mil.
"Entre 2000 e 2012, o Brasil experimentou um período de relativa estabilidade e prosperidade, com melhora em quase todos os indicadores sociais. Exceto um", diz, em referência à violência. Enquanto em 2000 a taxa de homicídios no país era de 32.2 por cada 100 mil habitantes, em 2012 ela era de 32.4.
O número assustador de homicídios vem sendo divulgado nos principais jornais internacionais desde a última semana, e isso pode reforçar no exterior uma imagem de risco e insegurança associada ao país. Em conversas com pesquisadores estrangeiros sobre a questão da violência no Brasil, a alta taxa de homicídios não chega a ser citada como um dos estereótipos centrais do país, mas a divulgação da liderança brasileira no número de assassinatos pode pressionar uma mudança nesta imagem.
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