Deu no 'Guardian': Seca no Brasil é um fracasso da economia global
Enquanto os principais analistas financeiros envolvidos em entender a crise por que o Brasil passa olham preocupados para o crescimento da inflação, os cortes em gastos do governo e a queda na confiança do consumidor, a maior ameaça ao país passa ignorada, segundo um texto publicado pelo jornal britânico "The Guardian".
A maior ameaça ao Brasil hoje, diz o jornal, é "a megasseca que pode durar décadas e que pode destruir a economia brasileira".
Os jornais internacionais têm dado atenção ao problema da seca em São Paulo e em outras partes do país desde o ano passado, antes mesmo de o governo paulista admitir o tamanho do problema. Nas últimas semanas, entretanto, o tema realmente perdeu força no noticiário internacional, que passou a dar mais espaço a questões de política e economia.
Segundo o "Guardian" analistas econômicos devem parar de ignorar os custos ambientais do desenvolvimento em todo o mundo. "O dano pode ser permanente", diz.
"Tentar separar economias do ambiente – como muitos analistas parecem fazer – é como tentar separar a mente do corpo. Simplesmente não funciona", diz o texto assinado pela pesquisadora Amy Larkin.
Apesar de ser uma abordagem interessante do tema, o texto ignora os problemas relacionados à administração da questão hídrica no próprio Brasil. Em reportagens anteriores, jornais internacionais criticaram o "sonambulismo" do governo, especialmente o de São Paulo, em se preparar para evitar um problema maior por conta da seca na região.
Segundo Larkin, é importante lembrar que economias são cíclicas, com períodos de expansão e retração. "Mas a falta de água pode causar danos permanentes. São Paulo, uma das cidades mais ricas do mundo, serve como centro financeira para a maior parte da América do Sul. As consequências desta seca são de difícil cálculo", diz.
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